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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Haddad e Pacheco alinham duas MPs para garantir desoneração da folha e arrecadação do governo

Entendimento é acabar com a reoneração, mas manter cobrança de impostos sobre setor de eventos e o limite para compensação de créditos

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Por Roseann Kennedy e Augusto Tenório
Atualização:

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a um entendimento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre a Medida Provisória (MP) da neração da folha. Após encontro na noite desta segunda-feira, 15, eles desenharam uma proposta para superar o mal estar entre Congresso e equipe econômica. Segundo apurou a Coluna do Estadão, a ideia é apresentar duas medidas provisórias: uma para cancelar a reoneração, respeitando a desoneração para os 17 setores da economia e municípios, e outra para manter revogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e o limite da compensação de créditos para pagamento de impostos.

O ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Foto: Pedro França/Agência Senado

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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também participou do encontro. A Coluna do Estadão apurou com interlocutores que o clima da reunião foi tranquilo. Há um compromisso de Pacheco em ajudar Haddad a superar o imbróglio em torno dessa pauta. O formato conversado não foi anunciado formalmente, porque, desta vez, o ministro da Fazenda quer ampliar o diálogo sobre o tema antes de enviar as MPs ao Congresso.

Em dezembro, o Congresso aprovou um projeto, do senador Efraim Filho (União-PB), que prorrogava a desoneração da folha de pagamento até 2027. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou a proposta, de olho na arrecadação do governo, o que irritou líderes. O Legislativo, porém, derrubou o veto presidencial.

O Planalto reagiu e editou uma MP para cobrar impostos dos setores contemplados pela proposta, o que foi interpretado pelos parlamentares como uma tentativa de “driblar” o Congresso. Havia pressão, inclusive, para que Pacheco devolvesse a MP ao Planalto.

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