O presidente Lula só deve escolher o próximo procurador-geral da República após a cirurgia no fêmur que fará nesta sexta-feira (29), afirmam auxiliares. A indecisão está grande. Aras deixa o cargo nesta terça-feira (25), último dia de seu mandato. O Ministério Público Federal será comandado interinamente por Elizeta Ramos.
Entre os cotados para a PGR, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, foi o que mais agradou Lula até agora. Ele é o preferido dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. É justamente aí que mora o impasse: o PT tem alertado Lula de que não é prudente fortalecer demais os magistrados, principalmente se o ministro da Justiça, Flávio Dino, outro queridinho da dupla, for alçado à Suprema Corte.
O candidato preferido do PT era o subprocurador Antonio Carlos Bigonha, amigo de José Dirceu, que foi ministro da Casa Civil, e de José Genoino, ex-presidente do PT. Mas Lula não gostou da conversa com Bigonha.
Diante da resistência, as alas mais progressistas do PT propuseram o nome do subprocurador-geral da República Aurélio Virgílio Veiga Rios, como revelou a Coluna.
Na segunda-feira (25), Lula afirmou que os anúncios do novo procurador-geral e do novo ministro do STF serão feitos “no momento certo”.
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