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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Temor pela rejeição de Dino ronda petistas, que lançam nova estratégia; saiba qual

Advogados ligados ao PT consultam congressistas e planilham votos. Já contam 20 contrários a Dino e receiam que o número aumente

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Atualização:

O temor de que o ministro da Justiça, Flávio Dino, seja rejeitado na indicação ao Supremo Tribunal Federal voltou a rondar em círculos petistas e foi um dos temas entre advogados que participaram da festa do Prerrogativas, nessa quinta-feira, 7, em São Paulo. Ligados ao PT, esses advogados consultam os congressistas e começaram a planilhar votos. Já contam 20 contrários a Dino e receiam que o número aumente.

Esse grupo defende nova estratégia: não votar a indicação no plenário do Senado no mesmo dia. A ideia é passar na sabatina e na votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), previstas para o dia 13, sentir o termômetro e dar um tempo para Dino fazer novo tête-à-tête.

Flávio Dino é indicado à vaga no STF Foto: Wilton Junior/Estadão

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Advogados — alguns que possuem clientes com causas no Supremo Tribunal Federal — que conversaram com a Coluna durante o evento consideram fundamental Dino fazer o contato olhando nos olhos para se comprometer a não fazer perseguição à oposição.

Mas há sentimento crescente entre esses advogados progressistas que acompanham o desenrolar da campanha por Dino de que a oposição enxerga no ministro não um garantista, mas sim um punitivista com alvo nos processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

O grupo aliado ao governo resolveu, então, atuar com “cabos eleitorais” e vai reforçar a campanha a favor do ministro.

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O criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, é um dos que já começaram o périplo e conversou com 30 senadores. “Seguramente teremos os votos necessários para a aprovação. E a votação será expressiva, mais de 50 votos”, afirmou à Coluna. Kakay relata, por exemplo, que num diálogo recente com 5 senadores da oposição, só não teve a garantia de um voto.

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