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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

União Brasil, com três ministérios, resiste a apoiar Lula em 2026

Duas ideias circulam com força nos bastidores da legenda: aliar-se à eventual candidatura de Tarcísio de Freitas ou lançar Ronaldo Caiado ao Planalto

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Foto do author Eduardo Gayer

Embora comande três ministérios no governo (Comunicações, Integração Nacional e Turismo), o União Brasil tem outros planos para 2026 e não pretende apoiar a provável candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para a disputa presidencial, dois nomes circulam com força nos bastidores do partido: os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado (União-Goiás).

Em conversas reservadas, dirigentes do União afirmam que preferem um nome da oposição em 2026. Caso Lula saia candidato e seja reeleito, dizem, bastaria negociar o apoio ao novo governo por meio de entrega de votos no Congresso — exatamente como aconteceu no início deste ano.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

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Se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disputar o Palácio do Planalto, líderes de peso do União Brasil vão defender uma aliança. O ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro, porém, costuma dizer a aliados que prefere tentar a reeleição.

Ao mesmo tempo, a possibilidade de lançar à Presidência o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um filiado, tem crescido nos bastidores do União Brasil. Seria forma de impulsionar a legenda e evitar fissuras internas já no primeiro turno. Em 2022, o União Brasil teve candidatura própria a presidente, a senador Soraya Thronicke (MS), que hoje está no Podemos. Uma pesquisa interna que aponta para a boa avaliação de Caiado em Goiás deu ânimo à ideia.

Em segundo mandato, Caiado não pode disputar a reeleição e tem um sonho antigo de ser presidente — ele foi candidato em 1989. O governador de Goiás tem sido um opositor de primeira hora à política econômica do governo Lula, com fortes críticas à reforma tributária e à mudança na tributação de benefícios fiscais, como revelou a Coluna.

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