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Dulci: objetivo do governo é 'industrializar o Nordeste'

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Por LUCIANO COELHO
Atualização:

O secretário-geral da Presidência da República, ministro Luiz Dulci, disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que o Nordeste "deixe de ser apenas produtor, exportador ou fornecedor para o mercado interno de matérias-primas". "Nosso objetivo estratégico é industrializar o Nordeste", enfatizou, afirmando que a região tem potencial para deslanchar até mais que outras. O ministro chegou hoje à tarde a Teresina, para evento da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT. Luiz Dulci destacou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem como objetivo não somente realizar obras estruturais, mas também tem finalidade social, ou seja, melhorar a condição de vida da população, distribuir emprego e renda, e promover a inclusão social. Ele destacou que o PAC tem obras de energia elétrica, gasoduto, portos, aeroportos e ferrovias, que formam a infra-estrutura necessária para o crescimento e desenvolvimento da região. Dulci informou que o governo busca formas de reduzir a burocracia para agilizar o andamento das obras do PAC e garantiu que os recursos estão sendo liberados gradativamente, mas reconheceu que houve dificuldade no começo do programa. "Mas as obras estão saindo. Temos várias obras de infra-estrutura, como a ferrovia Transnordestina, que é muito importante para o Nordeste garantir o escoamento da produção", exemplificou. Estimativas e projetos O ministro destacou que as obras maiores levam mais tempo para serem feitas e dependem de projeto executivo. Ele disse que várias obras do PAC, inclusive as que são feitas em parceria com as prefeituras, tinham problemas, porque não tinham estimativa de custo e não tinham projeto de engenharia. Mas acrescentou que isso foi superado e que o PAC está em andamento dentro do cronograma previsto em todo o País. Dulci afirmou que o que está no âmbito do Poder Executivo, na alçada do Governo, está sendo feito para agilizar as obras do PAC e reduzir a burocracia. Mas, de vez em quando, as obras esbarram em problemas de irregularidades nas licitações ou em embargos determinados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo ele, quando há obstáculos ou algum tipo de embargo do Judiciário, o Presidente Lula não pode impor sua vontade. "Ele pode argumentar, sensibilizar e defender com mais vigor, mas não pode obrigar o Judiciário a tomar decisões que são da esfera do Poder Judiciário", concluiu Dulci.

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