Veja o que indicam as últimas pesquisas eleitorais sobre a disputa pela Prefeitura de SP

Quem está na frente: Boulos, Nunes ou Marçal? Pesquisas eleitorais divulgadas na semana anterior ao primeiro turno indicam cenário embolado na capital paulista

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Foto do author Juliano  Galisi
Atualização:

Na última semana antes do primeiro turno, as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo indicam um cenário embolado na disputa pelo Executivo do maior colégio eleitoral do País.

Cada instituto utiliza metodologias próprias e os índices obtidos por cada organização não são comparáveis entre si. Contudo, há um prognóstico comum nas cinco pesquisas divulgadas desde segunda-feira, 30 de setembro: a composição do segundo turno da eleição paulistana está indefinida entre Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).

Segundo turno da eleição paulistana está indefinido entre Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB), apontam pesquisas de intenção de voto divulgadas na semana anterior ao primeiro turno Foto: Felipe Rau/Estadão

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Em cada levantamento, os resultados numéricos devem ser interpretados considerando-se a respectiva margem de erro. Em quatro das cinco pesquisas divulgadas nesta semana, há um empate técnico triplo entre o deputado federal, o prefeito e o influenciador.

A exceção é a pesquisa AtlasIntel de 30 de setembro, na qual Boulos, na liderança numérica, figura em empate técnico com Marçal, enquanto o ex-coach aparece em empate técnico também com Nunes.

A AtlasIntel realiza entrevistas virtuais e é a única pesquisa a não distinguir o cenário estimulado do espontâneo. Nos demais institutos, o empate técnico triplo da pesquisa estimulada se repete na espontânea, o que torna o panorama ainda mais indefinido.

No cenário estimulado, o agente da pesquisa informa ao eleitor quais são as opções de voto no pleito; na espontânea, o entrevistado diz, por conta própria, qual é sua preferência de voto sem ter acesso a uma lista de candidatos. Assim, a pesquisa espontânea, na prática, indica qual intenção de voto está mais consolidada.

No caso da eleição paulistana, nenhum dos três líderes da estimulada destoa dos concorrentes no cenário espontâneo, o que indica que não há como indicar qual postulante a prefeito está mais propenso a converter seus votos no dia 6 de outubro.

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03/10 - Datafolha: Boulos tem 26%; Nunes e Marçal, 24% cada

Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 3 de outubro, Guilherme Boulos registra 26% de intenções de voto no cenário estimulado, seguido por um empate numérico entre Ricardo Nunes e Pablo Marçal, ambos com 24%. Os índices indicam empate técnico, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

A pesquisa foi elaborada a partir de 1.806 entrevistas presenciais na capital paulista com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 1º e 3 de outubro. O índice de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo SP-09329/2024.

Em relação à rodada de pesquisa anterior do Datafolha, com levantamento divulgado em 26 de setembro, Boulos oscilou um ponto para cima. Oscilar significa que houve variação numérica dentro da margem de erro.

Por outro lado, Nunes recuou três pontos percentuais, em variação além da margem, o que indica queda real do índice, enquanto Marçal cresceu três pontos percentuais, superando a margem de erro e figurando com ganho real no índice de preferência eleitoral.

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A intenção de voto em Nunes retraiu, enquanto a de Marçal cresceu. O segmento de eleitores bolsonaristas pode explicar por qual razão os índices variaram dessa forma. Em 26 de setembro, entre paulistanos que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no pleito de 2022, Marçal registrava 43% de preferência, ante 39% de Nunes. Em uma semana, o ex-coach passou a ter 51% de intenções de voto entre bolsonaristas, enquanto o atual prefeito caiu para 32%. Em uma semana, a diferença numérica entre os dois nesse segmento avançou quinze pontos percentuais.

A pesquisa Datafolha desta quinta-feira também indica que Boulos lidera numericamente as menções no cenário espontâneo. O deputado federal registra 24% nesta modalidade de pesquisa e é seguido por Pablo Marçal, com 20% de menções espontâneas, e Nunes, com 16%.

Na espontânea, entre Boulos e Marçal, há empate técnico no limite da margem de erro, o que também ocorre entre Marçal e Nunes.

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02/10 - Real Time Big Data: Boulos tem 26%; Nunes e Marçal, 25% cada

Pesquisa Real Time Big Data divulgada na quarta-feira, 2, também aponta para um empate técnico triplo na disputa pela prefeitura paulistana. Boulos tem 26%, seguido por um empate numérico entre Nunes e Marçal, com 25% de menções cada. Os dados são relativos ao cenário estimulado e a margem de erro é de três pontos percentuais.

O instituto Real Time Big Data ouviu 1.500 paulistanos de 16 anos ou mais entre os dias 30 de setembro de 1º de outubro. O índice de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada pelo portal Terra e está registrada no TSE sob o número SP-02771/2024.

Em relação ao levantamento anterior do instituto, divulgado em 30 de setembro, não houve variação além da margem de erro. No comparativo, Marçal oscilou dois pontos para cima, Boulos manteve o resultado numérico e Nunes oscilou um ponto percentual para baixo.

O Real Time Big Data de 30 de setembro também aponta para um empate técnico triplo na pesquisa espontânea. Nessa modalidade de entrevista, Boulos tem 21%, Marçal, 20%, e Nunes, 19%.

01/10 - Paraná Pesquisas: Nunes tem 27%; Boulos, 25%; Marçal, 22,5%

O levantamento do Paraná Pesquisas divulgado na terça-feira, 1º, apontou que Nunes está à frente no cenário estimulado, com 27% de menções, seguido por Boulos, com 25%, e Marçal, com 22,5%. A margem de erro é de 2,6 pontos porcentuais. Assim, os três estão tecnicamente empatados, dentro da margem de erro.

O Paraná Pesquisas entrevistou 1.500 eleitores na cidade de São Paulo entre os dias 27 e 30 de setembro. O grau de confiança do levantamento é de 95%. O registro no TSE segue o protocolo SP-04763/2024.

Nunes registrou 19,9% de menções espontâneas, seguido pelo candidato do PSOL, com 18,4%, e por Marçal, com 17,3%. Há um empate técnico entre os três na pesquisa espontânea.

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30/09 - Quaest: Nunes tem 24%; Boulos, 23%; Marçal, 21%

A pesquisa Quaest divulgada na segunda-feira, 30, indica que Nunes tem 24% das intenções de voto, seguido de Boulos, com 23%, e Marçal, com 21%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, o que configura um empate técnico triplo na liderança.

A Quaest entrevistou 1.800 eleitores paulistanos de 16 anos ou mais entre os dias 27 e 29 de setembro. O nível de confiança é de 95% e o levantamento foi registrado no TSE sob o número SP-01233/2024.

No levantamento anterior do instituto, publicado na terça-feira, 24, Nunes tinha 25%, enquanto Boulos registrou 23% e Marçal, 20%.

Na pesquisa espontânea divulgada em 30 de setembro, Boulos registrou 17% de citações, enquanto Marçal e Nunes figuram com 14% de menções. Assim, o empate técnico triplo da pesquisa estimulada se repete na espontânea.

30/09 - Atlas: Boulos tem 29,4%; Marçal, 25,4%; Nunes, 22,9%

Segundo levantamento da AtlasIntel divulgado na segunda-feira, 30 de setembro, Boulos tem 29,4% de intenções de voto, seguido por Marçal, com 25,4%, e Nunes, com 22,9%. Os índices indicam empate técnico entre Boulos e Marçal, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. O ex-coach também está em empate técnico com o prefeito.

A pesquisa Atlas entrevistou virtualmente 2.190 eleitores paulistanos entre os dias 24 e 29 de setembro, com nível de confiança de 95%. O registro no TSE segue o protocolo SP-02567/2024.

Em relação ao levantamento anterior da Atlas, divulgado em 23 de setembro, Boulos permaneceu na liderança, oscilando 1,1 ponto percentual. Na rodada anterior, tanto Nunes quanto Marçal registraram 20,9% de intenções de voto. Em uma semana, contudo, Marçal obteve ganho real, crescendo 4,5 pontos percentuais, enquanto o emedebista oscilou dois pontos percentuais, no limite da margem de erro.

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Entre os principais institutos de pesquisa, a AtlasIntel é a única a utilizar formulários eletrônicos para a obtenção das entrevistas. A modalidade virtual do levantamento favorece candidatos com mais engajamento nas redes sociais, além de reduzir o efeito do chamado “voto envergonhado”, termo utilizado para descrever o eleitor que, por receio de uma reação negativa, opta por não revelar sua intenção de voto.

Como mostrou o Estadão, especialistas apontam que o candidato mais propenso a possuir “votos envergonhados” na eleição paulistana é Pablo Marçal. Assim, o ex-coach pode ter um contingente de intenção de voto que está passando ao largo das medições de institutos como Datafolha, Real Time Big Data, Paraná Pesquisas e Quaest, cujas metodologias fazem uso de entrevistas presenciais.

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