BRASÍLIA - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, rebateu neste sábado, 21, as declarações de Jair Bolsonaro (PSL) de que o apoio do chamado Centrão à sua candidatura juntaria “a nata de tudo que não presta no Brasil”, ao seu lado.O tucano também atacou o concorrente na disputa eleitoral.
“Ele (Bolsonaro) passou esse tempo todo querendo o apoio dos partidos. Não conseguiu e aí sai falando mal. É uma grande incoerência”, respondeu Alckmin em entrevista na tarde deste sábado, 21, na sede da Rádio Ji Paraná FM, em Rondônia.
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Alckmin também acusou Bolsonaro de envolvimento com políticos que estão presos. “Na realidade, nesses sete mandatos de deputado federal, o que ele fez foi votar com o PT e sempre andar em más companhias. Aliás, é só olhar no Rio de Janeiro quem são as companhias dele: estão todos presos. E o grande mentor dele era o Paulo Maluf”, acrescentou.
O ex-governador de São Paulo disse ainda que só terá “alianças realizadas” na próxima semana e lembrou que a convenção do PSDB está marcada para o dia 4 de agosto. “Estamos trabalhando para um esforço conciliatório. O Brasil está cansado de briga, de divisão. Precisamos pacificar o País para o Brasil sair do marasmo”, afirmou.
Para Alckmin, o apoio do Centrão não é apenas para ganhar a eleição em outubro, mas para ter governabilidade a partir de janeiro. “A população não quer governo para dar show, para ficar se mostrando, para ficar fazendo espetáculo. Ela quer governo para resolver os problemas, para o Brasil voltar a crescer”, completou.
No sábado, outros presidenciáveis também criticaram o acordo de Geraldo Alckmin com o Centrão.