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Assessor econômico de Bolsonaro defende programa de desestatização e regime de teto de gastos

O assessor econômico Carlos Alexandre da Costa afirmou que o candidato, caso eleito, manteria o regime de teto de gastos do atual governo, em conjunto com programa de desestatização; questionado, afirmou que tais medidas não devem interferir na infraestrutura

Foto do author Eduardo Laguna
Por Eduardo Laguna (Broadcast)

Assessor econômico de Jair Bolsonaro, candidato ao Planalto nas eleições 2018 pelo PSL, o economista Carlos Alexandre Da Costa disse nesta segunda-feira, 17, que o candidato, líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida pela sucessão presidencial, manteria o regime de teto de gastos públicos aprovado no início do governo de Michel Temer (MDB), se eleito.

Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência da República Foto: REUTERS/Diego Vara

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Costa afirmou que a norma fiscal não será um impeditivo a investimentos na área se o governo conseguir enxugar outras despesas públicas, em resposta à uma pergunta sobre infraestrutura durante debate em congresso da Abimaq, entidade que representa a indústria de máquinas e equipamentos.

"O Brasil tem um déficit gigantesco em infraestrutura. Em relação ao teto, pretendemos mantê-lo e não acreditamos que será uma restrição. A trajetória de gastos cairá abaixo do teto, de forma que a parcela de investimentos aumenta", comentou o economista, que é ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele acrescentou que, além de buscar uma acomodação aos investimentos no Orçamento, a recuperação da confiança no governo, em conjunto com estímulos ao mercado de capitais, vai liberar recursos de um mercado que, conforme o economista, está "ávido a investir no Brasil". 

Outra estratégia do candidato para redução dos gastos públicos inclui entrar "rapidamente" com um programa de desestatização para redução da dívida pública, segundo o economista. "Não podemos pagar R$ 400 bilhões de juros por ano. Vamos entrar rapidamente com o programa de desestatização", comentou.

Durante o debate, Costa disse que, ao diminuir a conta dos juros, o governo, em conjunto com cortes "drásticos" de gastos públicos, terá espaço para reduzir gradualmente a carga tributária brasileira dos atuais 35% para porcentual mais próximo dos países desenvolvidos: 25%.

Depois de reiterar a promessa de retomada do superávit primário das contas públicas no primeiro ano de governo, o economista assinalou que Bolsonaro pretende fazer uma reforma da gestão pública, com a revisão, por exemplo, das 263 carreiras do governo federal.

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Ele manifestou ainda o compromisso do candidato com a reforma da Previdência - com alternativa de capitalização a novos entrantes -, e revisão de programas de incentivo e renúncias fiscais. "Aquilo que não tem impacto, temos que eliminar", comentou.