O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão deslizou nesta quinta-feira, 20, e acabou cometendo uma gafe ao tentar elogiar a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Comentando sobre sua competência à frente do governo, em discurso durante a posse de José Lima de Andrade Neto como novo presidente da BR Distribuidora, o ministro comentou que Dilma pode "não ter a simpatia de muitos grandes líderes do passado, como o Juscelino (Kubitschek)".
"Ela é simpática também, se relaciona bem com as pessoas, não como o Juscelino, que era transbordante de simpatia", afirmou, emendando na sequência: "Mas ela é de uma competência como poucas vezes vi ao longo de minha caminhada. E o país necessita de pessoas deste gênero para dirigir bem o novo tempo que se abriu para o Brasil".
Em discurso recheado de pérolas nacionalistas - "o Hino Nacional traz não só noção de brasilidade, como elevação espiritual" - o ministro também aproveitou para defender a Petrobrás, que hoje é alvo de CPI. "A Petrobrás é um símbolo nacional que se confunde com a bandeira brasileira. Temos portanto o dever de não apenas amá-la, mas defende-la. Defende-la dos acidentes e de gestos de mal querença", disse.
Sem citar nominalmente a CPI, Lobão anotou que hoje a Petrobrás está sendo "submetida a olhares por aquilo que seguramente ela não deveria responder".
E destacou a administração atual do presidente José Sérgio Gabrielli, dizendo que ao longo de décadas, a companhia "se agigantou não só pela força do Brasil em si mesma, mas também pela boa direção que ela sempre teve".
"O Gabrielli é um administrador que a cada minuto descobrimos uma característica nova no sentido da competência. Homem sério, correto, leal, veraz, e um servidor de grande capacidade de renovação. A sua capacidade parece que não se esgota. É como uma cachoeira que jorra plenamente. É como a fonte de um grande rio", disse.