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'Ninguém' está decidindo no STF

Por Jorge Pontes
Atualização:
Jorge Pontes. FOTO: Arquivo Pessoal Foto: Estadão

Ao longo dos últimos anos temos observado com aflição performances anacrônicas de alguns ministros do STF.

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Nossa corte suprema era para ser, antes mesmo de um grupo de 11 homens e mulheres com saber jurídico, 11 biografias.

Enfim, um supremo ideal é aquele composto por 11 biografias.

E é exatamente por isso que assistimos a ministros como Joaquim Barbosa, Teori Zavascki, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin atuando com independência e altivez. Eles estão no supremo guardando a Constituição Federal e, ao mesmo tempo, zelando pelas biografias que já possuíam, quando para lá foram guindados. Eles não se esquecem disso por um minuto sequer. Nem devem esquecer.

Agora, quem não era ninguém antes de ser nomeado para a suprema corte, seguirá sendo ninguém. Não tem jeito.

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Não é o nome publicado no DOU, a toga, a pompa e a circunstância que transformarão um ninguém em um jurista com estatura.

E é a isso que assistimos hoje, o "nada jurídico", decisões vazias, viciadas , resultado direto do empoderamento dos grandes ninguéns da República...

*Jorge Pontes é delegado de Polícia Federal e ex-diretor da Interpol

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