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Frota, Joice, Tebet, Collor, Serra: Veja quem fica sem mandato em 2023

Políticos que não se reelegeram ano passado se despedem da Câmara e do Senado com a posse dos novos congressistas

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Por Redação
Atualização:

Com a posse dos novos deputados federais e senadores nesta quarta-feira, 1º, parlamentares que não se reelegeram nas eleições do ano passado se despedem do Congresso. Na lista dos que não renovaram mandato, estão nomes bem conhecidos pelos eleitores, seja por experiência política ou projeção nas redes sociais, mas que não conseguiram repetir o desempenho de 2018 e foram derrotados nas urnas. É o caso dos agora ex-deputados Alexandre Frota, Joice Hasselmann e Paulinho da Força, além dos senadores José Serra, Simone Tebet e Fernando Collor, entre outros.

Joice Hasselmann também disputou e perdeu a Prefeitura de São Paulo em 2020 Foto: Acervo pessoal

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Ex-aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Alexandre Frota (PROS-SP) se elegeu para a Câmara dos Deputados pelo PSL em 2018 com mais de 150 mil votos. Em 2022, não quis concorrer a outro mandato em Brasília e tentou uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) como deputado estadual. Ele recebeu 24 mil votos e não se elegeu, colocando um fim, pelo menos por ora, à sua carreira política. A jornalista Joice Hasselmann (sem partido), ex-aliada de Bolsonaro, recebeu mais de 1 milhão de votos em 2018, mas apenas 13 mil em 2022 e também está fora da Câmara.

O agora ex-senador José Serra (PSDB-SP) queria migrar do Senado para a Câmara, mas ficou em 80º lugar no número total de votos para deputado federal, com 88.926 votos, e deve deixar de exercer mandato em Brasília. O desgaste do partido em São Paulo e a falta de palanque do ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que foi derrotado em sua tentativa de reeleição, podem ajudar a explicar a derrota.

O ex-deputado Paulinho da Força (Solidariedade) é um dos que perdem a cadeira no Congresso hoje. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O agora ex-deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) tampouco conseguiu se reeleger. Durante a pré-campanha presidencial, ele chegou a oferecer o Solidariedade, legenda da qual é dirigente, para abrigar Geraldo Alckmin (PSB-SP) e compor a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, mas a costura não seguiu adiante.

O ex-senador Álvaro Dias (Podemos-PR) também perdeu a cadeira no Senado. Ele tentou se reeleger, mas foi derrotado nas urnas por seu antigo aliado e apadrinhado político, Sérgio Moro (União Brasil-PR). O ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) é mais um a deixar o Senado. Ele disputou o governo de Alagoas nas eleições de 2022, mas não se elegeu.

Eleita em 2015, a ex-senadora Simone Tebet (MDB-MS) também fica sem mandato. No caso dela, porém, a despedida se deu em janeiro, quando foi empossada ministra do governo Lula. Ex-candidata à Presidência em 2022, ela foi escolhida pelo presidente para comandar a pasta do Planejamento, em troca do apoio dado ao petista no segundo turno da eleição presidencial.

Simone Tebet toma posse como ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula.Foto: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/PAGOS 

Também perdem mandato no Senado os ex-parlamentares Kátia Abreu (Progressistas-TO), ex-candidata à vice-Presidência em 2018, e Tasso Jereissati (PSDB-CE), um dos “cabeças brancas” do tucanato.

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No Senado, das 27 vagas abertas ano passado apenas cinco foram preenchidas por parlamentares que já cumpriam mandato. São eles: Davi Alcolumbre (União-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Romário (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT). Os demais não foram aprovados nas urnas, tentaram outros cargos nem sequer participaram das eleições.

Já na Câmara, foram 192 os parlamentares que não conseguiram mais quatro anos no cargo ou arriscaram outras disputas sem sucesso. Além de Frota, Joice e Paulinho da Força há outros nomes bastante conhecidos, como Alessandro Molon (PSB-RJ), Marcelo Ramos (PL-AM), Fabio Ramalho (MDB-MG), Samuel Moreira (PSDB-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP), Luiz Miranda (Republicanos-DF) e Daniel Silveira (PTB-RJ).

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