O governo do Rio Grande do Sul confirmou ontem o parcelamento do salário de julho dos servidores estaduais vinculados ao Poder Executivo, em função do agravamento da crise financeira do Estado. A medida, que desde a semana passada era dada como certa entre a base aliada, foi detalhada por uma comitiva formada por cinco secretários. O governador José Ivo Sartori (PMDB) não deu entrevistas sobre o assunto e publicou pronunciamento em seus perfis nas redes sociais dizendo que o parcelamento dos salários "não é uma questão de escolha ou de vontade" e que esta "é uma notícia que ninguém gostaria de dar". No vídeo, Sartori diz que existe uma crise global que afeta o País e muitos Estados brasileiros e que desde janeiro seu governo tomou uma série de medidas para economizar gastos. A linha de corte da primeira parcela, paga ontem, é de R$ 2.150. Uma segunda parcela no valor de R$ 1 mil será desembolsada até 13 de agosto. Os profissionais com vencimentos superiores a R$ 3.150 só receberão o restante em uma terceira parcela, que será quitada até 25 de agosto. Conforme os dados apresentados pelo secretário da Fazenda, Giovane Feltes, 52,8% do funcionalismo receberam ontem o salário na sua totalidade. Os secretários adiantaram que na próxima sexta-feira o Executivo irá apresentar um novo conjunto de projetos à Assembleia Legislativa para combater a crise estadual. Dentre as propostas, está o aumento de alíquotas do ICMS. O ex-governador Tarso Genro (PT) usou as redes sociais para criticar a decisão de seu sucessor