"A Petrobras repudia fortemente os termos utilizados pelo jornalista João Bosco Rabello, em "Notas da Petrobras reforçam CPI", publicadas no dia 1 de abril de 2014, na Agência Estado.
O jornalista cometeu impropriedades e injúrias ao qualificar como "peça de ficção" o trabalho do grupo de gerentes seniores da empresa, na investigação interna relacionada a denúncias veiculadas na imprensa de eventuais subornos da empresa holandesa SBM a empregados da Petrobras.
Ao avaliar o período de duração dos trabalhos (de 13 de fevereiro a 29 de março de 2014) e afirmar que poderia ter se resumido a um dia de análise, o jornalista põe em dúvida, sem ter base para tanto, a metodologia de investigação interna, conduzida por executivos da Petrobras. Se o período fosse de apenas um dia, como sugere o jornalista, seria, sim, apressada e frágil.
Historicamente, a Petrobras tem apurado, de forma sistemática, em todas as suas áreas, toda e qualquer denúncia que recebe, via Ouvidoria Geral ou por fatos relatados interna ou externamente à empresa.
Ao mesmo tempo, tem cooperado com órgãos de controle externos como CGU, TCU e MPF. No caso de Pasadena, da mesma forma, a Petrobras constituiu comissão especial para, em 45 dias, apurar todos os fatos relativos ao processo de sua aquisição.
A principal ambiência corporativa da companhia está associada a empregados que entraram na empresa por concurso público, possuem excelência técnica reconhecida internacionalmente e zelam pela ética nas suas relações internas e externas.
Esses empregados, quando se deparam com evidências de conduta imprópria, não hesitam em tomar ações punitivas de toda ordem. Ignorar esta evidência é ignorar a trajetória pública de uma empresa de 60 anos, que não tem como prática livrar-se de denúncias, mas esclarecer interna e externamente os fatos reais e dar a devida satisfação aos órgãos competentes.
É inaceitável que, sem a devida apuração ou esclarecimento dos fatos, tal trabalho, tão crível, seja comparado a "uma nota de três reais". Inaceitável num trabalho jornalístico a menção a uma fraude, quando não se apurou devidamente a informação.
Os gestores da empresa, liderados pela Diretoria Executiva, têm a devida autonomia para apurar, como sempre tem sido, toda e qualquer irregularidade. Também neste caso, o jornalista, ao duvidar de tal autonomia, o faz sem evidências objetivas, como requer o bom jornalismo".
Lucio Pimentel Gerente de Imprensa da Comunicação Institucional da Petrobras