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Levy diz que há 'pouca disposição' do Congresso em aumentar impostos

Sinalização de ministro da Fazenda ocorre três dias após o ministro da Saúde e membros do PT defenderem a volta da CPMF

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Por Rachel Gamarski
Atualização:

Atualizado às 20h54

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Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira, 15, que o Congresso Nacional se mostra pouco disposto em continuar elevando impostos. "Indicação que recebemos do Congresso é da pouca disposição em continuar aumentando a carga tributária", disse Levy, durante discurso na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

A fala do ministro ocore três dias depois de o ministro da Saúde Arthur Chioro e outros petistas defenderem a volta da CPMF durante o 5º Congresso do PT, realizado na semana passada. O titular da pasta, contudo, teve que recuar após a reação do Planalto desautorizando a afirmação. Além disso, o próprio PT também voltouatrás e não colocou a defesa da volta do imposto no documento final do congresso.

Levy também reafirmou que a retomada do crescimento precisa acontecer rapidamente. "Temos que, o mais rápido possível, ter a retomada do crescimento e a criação de empregos, principalmente no setor privado", ressaltou o ministro. 

O ministro da Fazenda Joaquim Levy Foto: EVARISTO SÁ/AFP

Ele reforçou ainda a importância de reequilibrar as contas públicas. "Temos que recuperar algumas coisas que foram cedidas", disse, durante fala na OAB em Brasília. Levy afirmou que é necessário indicar a priorização dos gastos para "garantir equilíbrio entre o que o Estado tem que entregar e quais recursos ele absorve para garantir essa missão".

Em meio ao lançamento do programa de infraestrutura do governo, Levy ponderou novamente a necessidade de investimentos na área. "O realinhamento da economia e o impulso ao investimento privado e de infraestrutura é fundamental", disse. O dirigente da Fazenda destacou a importância da segurança jurídica para os projetos de infraestrutura e disse que ela permite a previsibilidade e é um dos "principais ingredientes" para o investimento. "A garantia jurídica é um dos motivos de orgulho do nosso país".

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