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Lobão anuncia Flavio Decat para presidência de Furnas

Segundo o ministro, 'não há o que se dizer contra ele, que é um técnico que já trabalhou no sistema elétrico'

Foto do author Leonencio Nossa
Por Tania Monteiro , Leonencio Nossa e de O Estado de S.Paulo
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou que Flávio Decat foi convidado pessoalmente pela presidente Dilma Roussef nesta quinta-feira, 3, para assumir a presidência de Furnas. Participaram das conversas para fechar o nome, que tem sido questionado pelo PMDB, o vice-presidente Michel Temer, que é presidente licenciado do partido, os ministros Antonio Palocci e Luiz Sérgio, além de Dilma e Lobão.

 

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Segundo o ministro Lobão, "não há o que se dizer contra ele, que é um técnico que já trabalhou no sistema elétrico". Ao ser questionado sobre a insatisfação do PMDB com esse nome, Lobão disse que Flávio Decat vai ter uma "conversa civilizada" com o vice-presidente Temer. O ministro disse ainda que vai ter novas conversas com Decat e com o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves.

 

De acordo com Lobão, Decat vai pedir que todos os diretores de Furnas coloquem seus cargos à disposição, mas avisou que isso não significa que todos estejam demitidos. Isso é necessário, segundo ele, "porque estamos num novo governo e é preciso para que ele (Lobão) junto com Decat conversem e definam os nomes".

 

Sobre a possibilidade de o presidente da Eletrobras,José Antônio Muniz, continuar no cargo, Lobão respondeu: "Não diria que se abre caminho para isso. Ele já foi presidente da Eletronorte, está na Eletrobrás, mas não está definido se vai permanecer ou vai para outro cargo".

 

Lobão reconheceu que o anúncio do nome de Decat para Furnas em primeiro lugar à frente de outros órgãos do setor se deve à polêmica causada pelo noticiário. Avisou, no entanto, que essa é a primeira nomeação e as outras virão em seguida, mas não quis fixar prazo, dizendo que pode demorar três dias, uma semana ou até mais. Ele disse que, daqui para frente, serão tratados os nomes dos indicados para os outros cargos do setor elétrico.

 

Perguntado se ele (Lobão) foi o responsável pela indicação de Decat, o ministro hesitou e depois respondeu que foi "consenso". Lembrou em seguida que a presidente Dilma conhece Decat, que ela endossou o nome dele e que quando da nomeação de Decat para uma diretoria da Eletronorte, ela participou, como ministra, dessa escolha.

 

Sobre a reação do PMDB em relação ao nome de Decat, o ministro disse: "Não conheço reação". " O vice-presidente tem conversado comigo, com a presidente Dilma e com o Palocci sobre essas questões", completou.

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A respeito da ameaça de uma CPI sobre Furnas no Congresso, Lobão minimizou: "Não creio que seja necessário CPI. Embora comissões parlamentares sejam uma das mais belas instituições da democracia. Não há crise no setor". O ministro Lobão insistiu que várias conversas continuarão com o PMDB.

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