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Lula diz que Bolsonaro não reconhece derrota até hoje e avalia que democracia corre risco

Durante evento de anúncio de ações e investimentos do governo federal para o RS, presidente disse que “democracia correndo risco”; declaração se deu no mesmo dia em que sigilo dos inquéritos sobre golpe de Estado foi liberado

Foto do author Sofia  Aguiar
Foto do author Rafaela  Ferreira
Por Sofia Aguiar (Broadcast) e Rafaela Ferreira
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, até hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não aceita a derrota. No mesmo dia em que vieram a público depoimentos que incriminam o antecessor, o petista também afirmou que a democracia ainda corre risco.

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“É aqui o Bolsonaro, que eu não queria falar o nome dele, mas é negação. Até hoje ele não reconhece a derrota dele”, avaliou Lula durante anúncio de ações e investimentos do governo federal para o Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira, 15.

“Quando eu olho, aos meus 78 anos de idade, jovem, bonito, olho para o mundo, vejo a democracia correndo risco”, disse. “A gente não tem que brigar contra um governador ou um presidente, tem que brigar contra um pensamento, um pensamento perverso, malvado.”

Nesta sexta-feira, 15, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tirou o sigilo dos depoimentos colhidos no inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe por Bolsonaro e auxiliares próximos, incluindo militares do alto escalão durante governo dele.

Ao falar da democracia, Lula disse que não se deve brigar contra um governador ou um presidente, mas, sim, "contra um pensamento, um pensamento perverso, malvado." Foto: Wilton Junior

Durante evento, Lula disse que quem se mostra contra o sistema é o presidente da Argentina, Javier Milei. Em sua avaliação, ao citar Milei e Bolsonaro, a democracia corre risco. “Quem é contra o sistema hoje, que critica tudo, é o Milei, até o Banco Central quer fechar, quer cortar tudo com um serrote.”

O presidente também cobrou respeito ao jogador Vinicius Júnior. Nesta quarta-feira, 13, torcedores do Atlético de Madrid chamaram o atleta de “chimpanzé” antes do confronto com o Inter de Milão, pela Champions League. “Esses fanáticos, esses doentes, eles têm que perceber que quando eles veem uma pessoa negra, não é uma pessoa negra, é um ser humano. O ser humano que tá ali, independente da cor da pessoa, independente se é branco, se é verde ou se é amarelo, é um ser humano”, comentou.

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