O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta segunda-feira, 25, com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, para discutir a composição da CPI da Petrobras. Pouco antes, Lula recebeu o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. O governo avisa que não vai aumentar o espaço do PMDB na diretoria da Petrobras em troca de maior empenho do partido na CPI que investiga a estatal nem articulará um "plano B" para substituir a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010, segundo reportagem de Vera Rosa, na edição desta segunda do Estado.
O vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF) e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima também estão na CCBB.
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Aborrecido com a onda de boatos que tomou conta de Brasília nessas duas frentes, enquanto estava em viagem internacional, Lula conversou no último domingo com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e disse que não admitirá "faca no pescoço". Além da pressão do PMDB por cargos, a maior dificuldade do Planalto, no momento, está em segurar o conflito na base aliada, que não se entende nem mesmo sobre quem indicar para o comando da CPI. É péssima a relação no Senado entre os líderes do PT, Aloizio Mercadante (SP), e do PMDB, Renan Calheiros (AL), e até agora o governo não conseguiu chegar a um acordo sobre estratégias de atuação para se defender do bombardeio adversário.
Renan indicou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), para a relatoria da CPI e quer ceder a presidência para a oposição, nomeando Antonio Carlos Magalhães Jr. (DEM-BA). Na prática, o senador alagoano faz de tudo para impedir Mercadante de comandar a comissão e o impasse persiste porque os petistas resistem a entregar a vaga para ACM Jr.
Texto atualizado às 14 horas
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