Não estão claros os motivos que levaram Ronaldinho Gaúcho a aceitar um passaporte falso e adulterado para entrar no Paraguai. Justo ele, uma estrela de primeira grandeza?
Mas boa coisa não pode ser. No mínimo, ficou feio.
O MP paraguaio aliviou, pegou leve com o craque. Diz que Ronaldinho agiu em boa fé e admitiu a prática do crime. Parece contraditório. Se sabia que o documento era falso, por que o utilizou? E por quais razões uma pessoa quase com livre trânsito e enorme visibilidade cometeria uma insensatez dessa?
Ronaldinho tem extensa folha corrida de trambiques, polêmicas, brigas, rolos, sonegação e ilícitos. Nunca foi santo, nem mesmo quando jogava. Sempre demonstrou não levar nada muito a sério. A aposentadoria piorou as coisas. Retirou-lhe o brilho que exibia nos campos de futebol. Ele hoje é "Embaixador do Turismo" nomeado pelo governo brasileiro. Vive em trânsito, circula por todos os cantos e em eventos mil. Em Assunção, participaria de um programa da Fundação Fraternidade Angelical e lançaria a autobiografia "Gênio da Vida".
A verdade curta e grossa é que a vida está dando um baile no craque -- um olé, sem tirar nem por. Ronaldinho parece não estar nem aí, continua carregando aquele sorrisão simpático num corpo de moleque. Está pisando na bola.
Triste.