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O Índice de Confiança do Empresário Industrial, produzido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), ao qual a Coluna teve acesso, mostra que a crise causada pela pandemia da covid-19 afetou bruscamente a confiança dos empresários do setor em todo o País para investir, contratar e produzir. Nenhum tipo de atividade e de porte empresarial foi poupado.
Para a CNI, o cenário é preocupante. Foram avaliados 29 setores e em todos eles o índice está longe do nível registrado há um ano e somaram menos de 50 pontos. O indicador varia de 0 a 100 e qualquer dado abaixo de 50 é negativo.
Em maio, 14 setores tiverem índices menores do que os registrados em abril, sendo que os mais afetados foram couro, manutenção de máquinas e equipamentos, químicos, calçados e materiais elétricos.
Já outros 15 melhoraram em relação ao mês anterior, mas nenhum se aproximou de uma reversão do cenário de pessimismo. De acordo com o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, "a melhora aparenta ser apenas um ajuste à forte queda registrada em março".
Neste cenário, a indústria extrativa é a que apresenta o maior indicador (47,3 pontos), seguido pela indústria da construção (34,7 pontos). A confiança é menor entre os empresários dos setores de transformação, em especial nas áreas de calçados (26,6 pontos), vestuário (28,8 pontos), impressão e reprodução (29,2 pontos), e veículos automotores (29,6 pontos). Já os produtos mais usados pelas pessoas neste período apresentaram índices melhores: produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal (45,1 pontos), farmoquímicos e farmacêuticos (41,5 pontos) e produtos alimentícios (41,3 pontos).
Os empresários da região Centro-Oeste são os mais confiantes neste momento, seguidos do Norte e do Nordeste. Os menores índices estão nas regiões Sul e Sudeste.