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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

'Fora Bolsonaro' pode dar espaço ao 'Ele Não' em protestos de rua em 2022

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Por Redação
Atualização:

Sem fôlego desde outubro, o "Fora Bolsonaro" deve tentar uma volta às ruas no início de 2022, mas em versão mais pré-eleitoral, digamos assim. Organizadores de atos têm discutido retomar as mobilizações antes mesmo do Carnaval. Os grupos analisam os calendários letivos dos Estados para tentar atrair, com o retorno das aulas, as entidades estudantis. Ainda que a bandeira do impeachment apareça, internamente há certo consenso de que mobilizações em 2022 invariavelmente tenham mais cara de "Ele Não", como em 2018. Está clara também a tendência de que grupos mais identificados a uma ou outra pré-candidatura (Lula, Ciro e Moro, principalmente) evitem se misturar nas ruas.

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Shows. Além do calendário escolar, o ato da coalizão Direitos Já que estava inicialmente previsto para esta segunda, 15, em formato de "festival pela democracia", está sendo discutido para o início do ano que vem também por um pedido de artistas que foram convidados. Alguns, cumprem agenda em eventos fora do País.

Rebranding. A campanha "Fora Bolsonaro" transformou seu slogan em "Fora Bolsonaro Racista" para se adequar ao Dia da Consciência Negra, no sábado, dia 20, sem tirar o protagonismo da histórica manifestação antirracismo.

Foco. De Marco Martins, liderança do movimento Acredito em São Paulo: "O ano eleitoral e a (eventual) filiação de Bolsonaro ao Centrão dificulta falar em impeachment, mas temos que continuar nas ruas, denunciando os crimes do presidente para impedir sua reeleição".

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Em setembro de 2018 (foto), candidatura de Bolsonaro levantou o movimento "Ele Não". Largo do Batata foi um dos lugares mais usados para as mobilizações. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Deu ruim. Em outubro, como mostrou a Coluna, Jair Bolsonaro pediu o controle do diretório paulista do PL. Valdemar Costa Neto sinalizou positivamente. O mau momento do presidente nas pesquisas, porém, faz a realidade regional impor fortes resistências em São Paulo e no Nordeste.

Ah, tá. Assessores e aliados de Bolsonaro estão dizendo que ele não quer se associar à imagem ruim de Costa Neto. Claro, o clã é sempre muito seletivo... Mas, se isso for verdade, convém riscar o PP da lista.

CLICK. Pré-candidato a presidente do PSDB se encontrou com Andrea Matarazzo, com quem disputou (e venceu) as prévias municipais do partido, em 2016, na capital. Foto: Coluna do Estadão.

Lupa. O Ministério da Saúde está passando pente-fino para identificar e bloquear operadores do ConecteSUS suspeitos de alterar dados de usuários. Pressionada após repercussão de influenciadores que tiveram seus nomes trocados por xingamentos, a pasta prepara anúncio de medidas para aumentar a segurança dos dados.

Estilo. Aos poucos, Flávia Arruda imprime o seu jeito de trabalhar na articulação política: discreta, dialogando e sempre em busca do resultado pró-governo. A atuação dela foi determinante na recente vitória da PEC dos Precatórios na Câmara.

E agora? Fica a dúvida agora sobre como será o futuro da ministra-chefe da Secretaria de Governo, que é filiada ao PL, se Valdemar Costa Neto e Bolsonaro não se acertarem após a troca de xingamentos.

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SINAIS PARTICULARES. Flávia Arruda, ministra-chefe da Secretaria de Governo. Ilustração: Kleber Sales/Estadão  

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG E MATHEUS LARA

PRONTO, FALEI!

Joice Hasselmann, deputada federal (PSDB-SP)

"Nenhum deputado bolsonarista se inscreveu (no TSE) para inspecionar o código-fonte das urnas eletrônicas. Eles só se interessam pela narrativa."

A deputada federal Joice Hasselmann em entrevista ao Estadão. Foto: Felipe Rau/Estadão
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