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Prefeito de Palmas nega contrato com empresas de Cachoeira

Em depoimento à CPI, Raul Filho (PT) diz não ter recebido dinheiro do contraventor para campanha eleitoral e que os serviços realizados estão dentro da lei

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Por Redação
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BRASÍLIA - O prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), afirmou nesta terça-feira, 10, em depoimento à CPI do Cachoeira, que nenhuma empresa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, firmou qualquer contrato emergencial ou por dispensa de licitação com a prefeitura da cidade. A sessão da CPI ainda está em andamento.Na sua exposição inicial, Raul Filho disse ainda que Cachoeira não fez qualquer doação para sua campanha. O petista aparece em vídeo datado de 2004, quando era candidato a prefeito da capital tocantinense, junto com Cachoeira entrando em uma sala com assessores para uma reunião, na qual conversam por quase uma hora, e Raul Filho fala sobre as oportunidades que poderiam ser exploradas pelo grupo de Cachoeira na capital de Tocantins em troca de contribuições de campanha."É preciso deixar claro que o vídeo divulgado é de 2004. São passados oito anos. Naquela época eu não era prefeito, era apenas candidato. O senhor Carlos Cachoeira não fez doação para a minha campanha, em que pese a expectativa criada que não chegou a se concretizar", disse ele, num depoimento inicial que foi todo lido. No momento, o relator faz perguntas ao depoente.Segundo o prefeito, a Delta Construções, empreiteira ligada a Cachoeira, começou a prestar serviços de coleta de lixo para a prefeitura um ano e dois meses após assumir o cargo, por meio de uma concorrência pública. Segundo ele, em 2005, o contrato foi ajustado porque estava "aquém das reais necessidades da cidade". "Nunca houve aumento de preços, mas apenas dos quantitativos dos serviços a fim de adequar a real necessidade de Palmas", ponderou.Um segundo contrato foi firmado em 2007 e perdura até hoje. Raul Filho disse que a prefeitura não cancelou o contrato com a Delta porque não há qualquer irregularidade. O prefeito colocou à disposição da CPI uma autorização para promover as quebras de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico.No início de sua fala, o prefeito de Palmas disse que iria "espancar de vez as acusações" contra ele. "Não procurei quaisquer membros da comissão, nem do meu partido em busca de apoio e proteção porque, humildemente, (sou) consciente de que nada devo", afirmou.

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