BRASÍLIA - Mesmo com o cenário de vitória do governo, deputados discutiram em plenário pela "paternidade" da emenda que eleva o salário mínimo para R$ 560.
Três emendas foram apresentadas propondo este valor. Uma é do DEM, outra do PDT e outra do PPS com o PV. As duas últimas afirmam que os R$ 560 seriam uma antecipação ao reajuste do mínimo a ser concedido em 2012, enquanto a do DEM não trata do tema.
Para apresentar emendas, porém, é necessário obter 104 assinaturas.
Com medo de que sua emenda não fosse a voto, o líder do DEM, ACM Neto (BA), retirou sua assinatura das outras duas emendas e pediu ao líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), fizesse o mesmo. Com isso, as emendas do PDT e do PPS com o PV não foram admitidas pela Mesa.
Deputados do PDT reclamaram no microfone da postura dos líderes da oposição. "Eles nunca estiveram do lado dos trabalhadores", chegou a dizer Miro Teixeira (PDT-RJ) convocando manifestações dos sindicalistas que acompanham a sessão.
ACM Neto justificou sua postura afirmando que sua emenda é melhor porque não faz qualquer vinculação com o mínimo do próximo ano.
Com esta confusão, a única emenda de R$ 560 que sobreviveu foi a apresentada pelo DEM e é a que irá a voto de forma nominal, com cada deputado manifestando seu voto pelo sistema eletrônico da Casa.