Os três partidos já estiveram juntos na eleição de 2006, quando a senadora Heloísa Helena (PSOL) ficou em terceiro lugar na preferência dos eleitores. A coligação neste ano deverá ser mais difícil, uma vez que o PSTU tem sérias restrições ao perfil político do senador Randolfe Rodrigues (AP), já lançado como pré-candidato do PSOL.
De tendência trotskista, o PSTU fez questão de deixar claras essas restrições, ao incluir no comunicado alguns postulados básicos para a formação da frente. Nem todos são endossados pelo PSOL. Dificilmente, por exemplo, o candidato Rodrigues vai defender no horário eleitoral a estatização das empresas privadas existentes no País.
Depois da aliança em 2006, o PSTU e o PSOL já participaram de coligações de esquerda nas eleições proporcionais em diversos Estados. No ano passado, o PSTU elegeu vereadores em Belém (PA) e Natal (PB) em coligação com o PSOL.
No comunicado divulgado ontem, o PSTU afirma que é preciso apresentar ao eleitorado uma alternativa de esquerda à candidaturas de Dilma Roussef (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos/Marina Silva (PSB/REDE), os prováveis nomes da disputa de 2014. Eles representariam "o mesmo modelo econômico que privilegia os bancos, grandes empresas e o agronegócio".
Na eleição presidencial de 2010, o candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio terminou o primeiro turno na quarta posição, atrás de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Obteve um total de 886.816 votos, o que corresponde a 0,8% do total de votantes. Zé Maria, que concorreu pelo PSTU, ficou na sexta posição, com 84.609 votos (0,08%).
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