Terminou sem acordo a reunião de líderes partidários no Senado para a retomada das votações no Plenário da Casa. A pauta permanece trancada até a próxima terça-feira, quando o governo tentará reunir sua base para votar duas medidas provisórias que abrem crédito extraordinário para vários ministérios. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), alegou que muitos senadores estão em viagens internacionais, e reconheceu que a base correria riscos em uma eventual votação nesta semana. "Como são duas Mps, e a oposição disse que pedirá verificação e vai obstruir, nós não temos número para votar. Vamos nos organizar para na próxima terça-feira termos número, liberarmos a pauta e escolhermos outras matérias importantes para serem votadas", explicou Jucá. Ele citou como prioridades do governo após o destrancamento da pauta no Senado um projeto que desvincula recursos para aplicação na educação e outro que define o pagamento de precatórios dos estados e municípios. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que a oposição não pode ser responsabilizada pela paralisia das votações por não aceitar "avalizar" as medidas provisórias. "Nós queremos votar, vamos votar contra, mas não simbolicamente. Exigimos a votação nominal, com a presença dos parlamentares na Casa", afirmou Dias, que defendeu o corte de ponto dos colegas faltosos.