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Bolsonaro diz que Queiroz 'pagava' suas contas e está sendo 'injustiçado'

Presidente criticou condução das investigações contra Flávio Bolsonaro e o ex-assessor Fabrício Queiroz

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Por Bianca Gomes
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 15, que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, pagava suas contas e está sendo "injustiçado" na investigação que apura esquema de "rachadinha" no gabinete do filho.

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"O Queiroz pagava conta para mim também. Era de confiança. Está com esse processo agora. Desde que instaurou o processo, eu não tenho conversado com ele. Agora, ele está sendo injustiçado também, porque tem que ser investigado e dar a devida pena se for culpado, e não prender a esposa", declarou o mandatário em entrevista ao jornalista José Luiz DatenaMárcia Oliveira de Aguiar, esposa de Queiroz, está em prisão domiciliar e, antes da decisão, ficou dias foragida da justiça. 

O presidente também disse que os cheques de Queiroz depositados na conta de Michelle Bolsonaro eram para ele, e não para a primeira-dama. "Aqueles cheques do Queiroz ao longo de dez anos foram para mim, não foram para ela. Divide aí R$ 89 mil por dez anos, dá em torno de R$ 750 por mês. Isso é propina? Pelo amor de Deus."

Na entrevista, Bolsonaro ainda criticou as investigações contra Flávio Bolsonaro e disse que a "pressão" em cima do filho e também de parentes e amigos é para atingi-lo. "Parece que o maior bandido da face da terra é o Flávio Bolsonaro. Se tem a sua culpa, se apure e se culpe, mas não dessa forma, tentando me atingir politicamente em todo o momento."

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil Foto: Dida Sampaio/Estadão

Segundo informação revelada pela revista Época e confirmada pelo Estadão, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) encaminhou orientações por escrito a advogados de Flávio sobre como agir para tentar inocentá-lo no caso das rachadinhas. O presidente disse nesta terça que sempre torceu por um "processo justo", mas que isso não está ocorrendo, e citou vazamentos do Ministério Público do Rio de Janeiro à imprensa.

2022

Bolsonaro disse que definirá "mais ou menos" em março seu novo partido e candidatura à reeleição. Ele disse que tem conversado com algumas legendas, entre elas o Progressistas e o PTB. Na entrevista, o presidente voltou a defender o voto impresso para o próximo pleito e declarar que não acredita no sistema eletrônico de votação.

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