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Tuma ainda tenta obter lista

Por Agencia Estado
Atualização:

O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), informou nesta quarta-feira que mandou recolher o computador do funcionário do Senado, Ivar Ferreira, marido da ex-diretora do Prodasen Regina Borges, para fazer uma última tentativa de obter a lista de votação da sessão secreta que cassou o mandato do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF). O equipamento foi encaminhado à Polícia Federal que fará a investigação na máquina. Romeu Tuma informou que não obteve sucesso na tentativa de extrair a lista com o voto de cada senador nos mais de cem disquetes recolhidos no Prodasen. De acordo com parecer do perito Jorilson Silva Rodrigues, mesmo examinando a mídia de cada disquete, não foi possível obter nenhum dado relevante. A Corregedoria abriu ainda uma investigação com base numa nova denúncia, encaminhada pelo ex-chefe da Segurança da Casa Francisco Pereira da Silva, apelidado de Índio, sobre a atuação de dois policiais civis num esquema para facilitar o acesso de servidores à sala de controle do painel eletrônico de votação para realizar o trabalho de violação do sistema. Em um ofício enviado por Silva à Corregedoria, ele pede que sejam ouvidos para falar sobre o caso Newton Souza Rodrigues, José Milton de Moraes Neto e Alvarenga Viglioni, funcionários que atuavam no esquema de segurança do Senado na época. No documento, Silva, que é um desafeto de ACM, diz que os policiais civis Josebel Costa do Nascimento e Ricardo Nogueira Viana teriam acompanhado, juntamente com Viglioni, os ?trabalhos de informática no painel no dia da votação que resultou na cassação de mandato do senador Luiz Estevão.? Em depoimentos prestados na corregedoria, Rodrigues, Moraes Neto e Viglioni garantiram que não viram os dois policiais no plenário, onde fica a sala da controle do painel, na noite anterior à cassação, nem no 28 de junho do ano passado, dia da sessão. Na folha de registros da segurança da Casa, não constam os nomes dos dois policiais. Segundo o assessor de Tuma, o ex-delegado da Polícia Federal Paulo Lacerda, que tomou os depoimentos, não há até agora provas que sustentem a acusação. Tuma deve decidir nesta quinta-feira se dará encaminhamento à investigação sobre o caso, que poderá dar subsídios ao processo administrativo no Senado contra servidores em razão da violação do painel.

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