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'Vou fazer parcerias objetivas com o governo estadual', diz Artur Virgílio

Confira entrevista com o candidato do PSDB à Prefeitura de Manaus

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

O ex-prefeito, ex-deputado e ex-senador, Artur Virgílio Neto nasceu em Manaus, há 66 anos. Foi ministro e líder do governo Fernando Henrique na Câmara e um dos principais opositores do ex-presidente Lula no Senado. Candidatou-se duas vezes a governador, sem sucesso. Diz que não terá problemas em fazer parcerias com o governador e a presidente, adversários políticos.

 

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O que aconteceu no episódio do ataque à sua adversária, que mudou o rumo da campanha em Manaus? Eu estava no debate e a ela entrou completamente limpa e sorridente. Eu estava pronto para me solidarizar com ela, se ela falasse disso no debate. Mas ela entrou tranquila, nada traumatizada. Nosso pessoal estava de um lado e o dela de outro. Temos imagem de uma moça do PT que passou um gel nela. Mas saiu pela culatra porque não tem credibilidade.

 

Como o senhor responde ao discurso de que uma aliada na prefeitura facilitará as parcerias com governos estadual e federal? Ela subestima o eleitor. Meu partido tem 900 prefeitos, oito governadores e nunca vi nenhum deles se queixar de perseguição da presidente Dilma Rousseff. Nem do Lula o nosso pessoal se queixava de discriminação. Não sou mais líder de oposição. Sou um gestor experimentado. Vou me credenciar junto ao governo federal e buscar recursos com bons projetos. Vou fazer parcerias objetivas com o governo estadual. O povo vai decidir com a própria cabeça.

 

O senhor é cobrado pela ação do governador Geraldo Alckmin contra as isenções fiscais na Zona Franca de Manaus? Rompi politicamente com Geraldo Alckmin em julho de 2011. Ele não deixou de ser um político paulista provinciano. Faz de São Paulo um gueto, poderoso, mas um gueto. Serei contra todas as pretensões dele no partido. Eu disse isso a ele em uma carta. As pessoas no Estado e em Manaus sabem da minha posição. Quando eu estava no Senado, não passava nada que prejudicasse o Amazonas. Quando presidente, Fernando Henrique Cardoso moralizou a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).

 

A lembrança da repressão aos camelôs quando o senhor foi prefeito prejudica sua campanha? Houve muito excesso por parte da guarda municipal, que eu puni. Já me autocritiquei. Assumi a responsabilidade. Hoje os camelôs sabem que serão tratados com toda dignidade.

 

Se arrepende de ter sido tão duro na oposição a Lula e ter articulado o fim da CPMF? No início da campanha levei para a TV o discurso, na votação da CPMF, em que eu dizia que, mesmo que me custasse um alto preço, ia manter minha posição. O Lula fez tudo para tirar meu mandato de senador, mas não trabalho com ressentimento.

 

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