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Bastidores: ‘Ministério técnico’ de Doria esbarra no salário

Parte dos nomes sondados pelo tucano declinou do convite pois receberia um soldo muito baixo - se comparado ao que o mundo empresarial oferece

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Por Pedro Venceslau
Atualização:
Prefeito eleito. Reforma administrativa reduzirá pastas de 27 para 22 e deve render economia de R$ 246 mi Foto: NELSON ANTOINE/FRAMEPHOTO

Depois de se apresentar como um “gestor” e rejeitar o rótulo de político na campanha, o prefeito eleito João Doria tenta montar um secretariado com nomes escolhidos no setor privado. A ideia de restringir o número de políticos de carreira e dar um caráter de “ministério técnico” à equipe esbarra na remuneração. 

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Parte dos nomes sondados pelo tucano declinou do convite pois receberia um soldo muito baixo - se comparado ao que o mundo empresarial oferece. Há na equipe de transição um choque entre essas duas realidades, já que partidos e aliados pressionam pela nomeação de quadros políticos para ocupar espaço na máquina.

O prefeito eleito tentou convencer Claudio Bernardes, que é empresário do ramo imobiliário e ex-dirigente do Sindicato da Construção (Secovi) a assumir a Secretaria de Habitação, mas ele não deve aceitar o convite. O Diretor de Inovação e Articulação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, também resistiu em aceitar o convite para assumir a Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo, mas depois de muita insistência de Doria deve aceitar o convite. O mesmo ocorreu com a economista Ana Carla Abrão Costa, atual responsável pela Secretaria da Fazenda de Goiás. Ela havia combinado com o governador Marconi Perilo (PSDB) que ficaria no cargo só até dezembro e depois poderia ir para o setor privado. Doria conseguiu, porém, convencê-la a se juntar ao time.

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