Dezenas de estudantes se reuniram na tarde desta terça-feira, 24, na porta da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, para homenagear Giovanna Bezerra da Silva, aluna morta em um ataque a tiros ao colégio um dia antes.
A vigília ocorreu por volta de 15h, logo após o sepultamento da adolescente, de 17 anos, assassinada por outro aluno. As pessoas levaram cartazes, flores e acenderam velas em homenagem a Giovanna Bezerra da Silva.
O encontro também foi marcado por muitos abraços e orações. “Vamos rezar pela Gi. Ela merece todo nosso carinho”, disse Heloísa Maceira, de 18 anos, aluna de uma turma de 3º ano do ensino médio. ”Muita gente aqui correu pela vida, porque se sentiu desesperado naquele momento.”
Entre os cartazes colados no portão do colégio, estavam pedidos por Justiça pela morte de Giovanna, que era aluna de uma turma de 3º ano do ensino médio. Uma das homenagens tinha o desenho de uma bola de vôlei com asas, em recordação à paixão que a jovem tinha pelo esporte.
Familiares e estudantes relatam angústia
Tia de um aluno, a empregada doméstica Adriana Vale, de 40 anos, fez questão de ir até a escola prestar homenagem à adolescente morta. ”Meu sobrinho ainda não saiu de casa, está muito sensibilizado, mas me senti na obrigação de vir por ele”, disse ela, acompanhada da filha, de 12 anos, que estuda à tarde no mesmo colégio. As aulas estão suspensas por 10 dias.
A atendente Rosilene Almeida, de 50 anos, conta que só descobriu que havia ocorrido um ataque na escola quando viu a filha entrando com o uniforme ensanguentado em casa. “Quase morri quando vi aquilo, mas aí ela foi me explicando aos poucos”, disse ela, que mora a cerca de 10 minutos a pé de lá.