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Linha 6-Laranja do metrô: como estão as obras e quanto falta para cada estação ficar pronta?

Projeto prevê integrar a Brasilândia, na zona norte, com o centro da capital; apesar de atrasos, concessionária responsável pela linha diz que obras serão concluídas em 2027

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Foto do author Caio Possati
Atualização:

A futura Linha 6-Laranja do metrô, que vem sendo construída em São Paulo, tem previsão para ser entregue de forma completa em 2027. Com 15 estações, o trajeto ligará a Brasilândia, zona norte da capital, à Estação São Joaquim (Linha 1-Azul) no centro, em um total de 15 quilômetros de trajeto. O projeto prevê atender um fluxo de passageiros de mais de 600 mil pessoas.

Esta é a chamada fase I do empreendimento, que se encontra com 49,82% dos serviços concluídos, considerando a média das evoluções de estações, saídas de emergências, postos de ventilação e do pátio Morro Grande. O trajeto ainda poderá ganhar ampliação de seis novas paradas no futuro, caso o governo paulista aceite a proposta feita pela concessionária, conforme mostrou o Estadão.

Imagens da Estação Puc-Cardoso de Almeida em construção.Parada está com 54,4% das obras concluídas. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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O governo prevê a entrega desta primeira etapa em outubro de 2027, mas a concessionária informou em março à gestão estadual que problemas geológicos não previstos levariam ao atraso da construção do traçado inicial da Linha 6 em mais de três anos - 1.096 dias - contados a partir da primeira data prevista de entrega (2025).

Ou seja, o acréscimo faria com que a conclusão da linha fosse para 2028, meses após a data estimada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de implementar a fase I do ramal até outubro de 2027. A concessionária, porém, mantém a proposta de inaugurar parcialmente o trecho em 2026, e o trecho completo com as 15 estações, em 2027.

Até lá, muita obra ainda precisa ser realizada. Das 15 estações do projeto original da Linha 6-Laranja, a que mais avançou em termos de construção foi a da Estação Santa Marina, com 66,73% dos serviços já realizados. A que menos evoluiu até agora foi a 14-Bis, com pouco mais de 10% das obras concluídas.

Da lista, oito já executaram mais da metade da obra: Brasilândia, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Sesc `Pompéia, Perdizes e PUC-Cardoso de Almeida.

Por outro lado, sete ainda não atingiram 50% da construção necessária, segundo o site da Linha Uni. São os casos das estações Maristela, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, Faap-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim.

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Além das estações, também estão sendo construídas poços de ventilação e saídas de emergência, que costumam ser escavados entre as paradas. Há também a construção do Pátio Morro Grande, com 67,5% das obras realizadas.

A Linha-Uni diz ter enfrentado entraves nas obras devido a condições do solo “não previstas originalmente”, como falhas geológicas. “Apesar desses desafios, o projeto está programado para ser entregue parcialmente até o final de 2026, e totalmente concluído até 2027″.

Em relação às obras na Estação 14 Bis, a concessionária diz que um resgate arqueológico “está em andamento no local”. Afirma ainda que os serviços de execução “somente poderão avançar após a conclusão do resgate.”

Segundo a Secretaria de Parcerias e Investimentos do Estado, a fase I da construção da Linha 6-Laranja custará R$ 18,5 bilhões, dos quais 46,8% serão pagos pelo governo (cerca de R$ 8,65 bilhões) e o 53,1% (cerca de R$ 9,8 bilhões) pela concessionária.

A Linha 6 ganhou o apelido de “Linha das Universidades”. Pelo trajeto original, ela vai passar perto de ao menos sete instituições de ensino: Centro Universitário São Camilo, PUC-SP, FMU, FAAP, Mackenzie, Unip e Uninove.

A construção é tocada pela empresa Acciona Construción, que faz parte do grupo espanhol Acciona, responsável pela execução das obras desde 2020.

Qual é a proposta de ampliação da linha?

A ampliação prevê construir as estações Velha Campinas e Morro Grande, expandindo-se sentido noroeste a partir da futura estação Brasilândia. Já a partir da Estação São Joaquim, sentido região leste, são propostas as estações Aclimação, Cambuci, Vila Monumento e São Carlos, do lado sudeste. Com isso, o trecho ainda poderá fazer conexões com a Linha 10-Turquesa da CPTM pela Estação São Carlos.

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A expansão do ramal, chamada de fase III da construção da Linha 6-Laranja, está prevista no contrato de concessão firmado com o governo paulista, e será executada só em caso de aprovação da gestão Tarcísio, que já recebeu a proposta.

Em nota, a Linha Uni diz que desenvolve estudos ambientais com a anuência do governo para garantir a viabilidade do projeto. Após protocolar o estudo na Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) em abril, a licença para início das obras é esperada pela concessionária em 18 meses contados a partir da entrega do documento - limite em outubro de 2025. Procurada pela reportagem, a Cetesb não falou.

A Secretaria de Parcerias diz “que aguarda a conclusão dos estudos de viabilidade”, realizados pela concessionária, para assinar o contrato de ampliação.

A extensão acrescentaria ao traçado original a expansão do trecho em 6,68 km - ou seja, com as 21 estações, a linha ficaria com cerca de 22 quilômetros de túneis. A ampliação absorveria, segundo a concessionária, 273 mil passageiros por dia útil.

O tempo estimado da construção é de 60 meses (cinco anos) e o custo da obra, conforme a Linha Uni, seria cerca de R$ 10,4 bilhões, que seriam divididos entre a empresa e o governo. Como o projeto ainda não foi aprovado pelo Estado, não se sabe quanto cada parte vai pagar ainda.

A Linha Uni defende que a extensão da Linha 6-Laranja, se aprovada, seja feita em conjunto ou na sequência da construção do traçado original.

Isso levaria, segundo a concessionária, à “economia de recursos ao erário”, e otimização do tempo de implantação em razão do reaproveitamento de equipamentos de grande porte, como a tuneladora (o Tatuzão); o corpo técnico de projetistas e os funcionários de campo e administrativos contratados para a 1ª etapa da obra.

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Os autores do relatório apontam que o empreendimento vai alterar “de maneira positiva a acessibilidade da população”, gerar emprego, dinamizar economia e aumentar a arrecadação. Do ponto de visto ambiental, preveem redução para a emissão de poluentes atmosféricos.

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