Pai diz que há empresas de fachada no Maksoud Plaza; filho nega

Disputa judicial tenta afastar Henry Maksoud Neto da presidência da HM Hotéis

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

Na Justiça, Roberto e Claudio Maksoud pedem ainda o afastamento de Henry Maksoud Neto da presidência da HM Hotéis, administradora do hotel. "As empresas já estavam em situação pré-falimentar muito antes da pandemia, que serviu supostamente para escamotear problemas existentes", diz Roberto. "Durante a recuperação judicial, o salário de Neto, apenas no Maksoud Plaza, é R$ 1.2 milhão anuais mais encargos e salários indiretos."

A criação de empresas de fachada para blindar valores dos credores do hotel é outra acusação contra o filho. "Essas empresas eram administradas pelo próprio hotel, mesmo sendo de titularidade diversa", diz. 

Vista interna das torres do Hotel Maksoud Plaza em 2008. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

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A presidência do Maksoud nega a situação pré-falimentar e afirma que a recuperação judicial ajudou a reduzir a dívida de R$ 845 milhões para R$ 300 milhões. Diz ainda prever liquidar os créditos trabalhistas em até 12 meses. A intenção é "quitar antecipadamente a dívida e ainda ter caixa para relançar o Maksoud Plaza em parceria com empreendedores, graças à renegociação de dívidas", o acordo para validar o leilão e a venda de outros imóveis.

A nota chama de "estapafúrdia" a alegação sobre o salário e diz que Roberto confunde os valores aprovados com remuneração de toda a diretoria", como se fosse só de Maksoud Neto.

Sobre supostas empresas de fachada, diz ter contratado empresas gestoras de caixa antes do processo de recuperação judicial e afirma que esclarecimentos foram dados no processo público "em que o Ministério Público já apresentou manifestação indicando a possibilidade de arquivamento". 

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