Câncer de intestino e Preta Gil: Veja os sinais que fizeram cantora descobrir doença

Constipação intestinal, fezes achatadas e dor de cabeça servem de alerta; exame de colonoscopia é importante para o diagnóstico precoce

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Por Thais Manarini
Atualização:

A cantora Preta Gil, diagnosticada com um câncer colorretal, em entrevista nesta semana ao programa Mais Você, da TV Globo, contou à apresentadora Ana Maria Braga sobre os sintomas que a fizeram suspeitar de que havia algo errado com a sua saúde.

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Entre eles, estavam uma intensa constipação intestinal - ela relatou passar 10 dias sem evacuar -, e fezes achatadas, com muco e sangue.

De acordo com Virgílio Souza, oncologista com foco no tratamento de tumores gastrointestinais do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, esses realmente estão entre os indícios mais importantes do câncer de intestino.

Em relação ao formato das fezes, o especialista explica que o tumor pode comprimir a saída delas, causando o achatamento notado pela cantora. Outra possibilidade é ocorrer um afinamento. Ou seja, qualquer alteração nesse aspecto merece atenção especial. “Sempre recomendo: olhe para as fezes”, resume o médico.

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De acordo com ele, além dessa questão do formato, é essencial verificar se não há muco e/ou sinais de sangramento, inclusive na hora de se limpar. “Às vezes, o paciente já teve hemorroida e menospreza um sangramento. Isso não pode acontecer”, aconselha Souza.

Mudanças no padrão de evacuação também exigem cautela. Por exemplo: ainda que uma pessoa seja constipada, não deve ignorar uma prisão de ventre mais intensa. O mesmo vale para a presença de diarreia.

Emocionada, Preta Gil revelou detalhes da doença em entrevista para Ana Maria Braga Foto: Reprodução/TV Globo

Outros sintomas

O oncologista cita ainda sensação de evacuação incompleta ou estufamento, dor abdominal, fadiga e emagrecimento. Durante a entrevista, Preta Gil comentou que sofreu picos de pressão alta e dor de cabeça. Mas, segundo Souza, esses problemas podem estar relacionados aos sintomas da doença, e não ao tumor em si.

Uma dor de cabeça pode surgir em decorrência de uma eventual anemia provocada pelo sangramento, por exemplo. Já os picos de pressão podem ter relação com uma ansiedade gerada pela dor abdominal.

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Diagnóstico precoce

Ficar de olho em alterações associadas ao hábito intestinal ou ao formato das fezes é fundamental para detectar um tumor o mais cedo possível.

Se o indivíduo não tiver nenhum tipo de sintoma, mesmo assim é imprescindível fazer o rastreamento para a doença. Isso deve acontecer a partir dos 45 anos, com o apoio do exame de colonoscopia.

“Por meio dele, conseguimos identificar lesões pré-malignas, os pólipos, que podem evoluir para um câncer. Ou diagnosticar um tumor mesmo”, diz.

Se houver histórico desse tipo de câncer na família, aí o indicado é dar início a esse rastreamento até antes dos 45 anos.

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O especialista frisa que, quando a doença é flagrada cedo, a chance de cura chega a 90%.

Prevenção

O câncer intestinal é intimamente associado ao estilo de vida. Para ter ideia, de 80 a 90% dos casos têm como pano de fundo os comportamentos do dia a dia.

Nesse sentido, Souza cita a relevância especial da alimentação. Segundo ele, é preciso evitar sobretudo o consumo exagerado de carnes, produtos ultraprocessados, alimentos defumados e enlatados, além de ingredientes pobres em fibras. O ideal é priorizar frutas, verduras, legumes, grãos integrais, etc.

“Evite ainda o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo e a ingestão de álcool”, completa.

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