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Em São José dos Campos, duas pessoas que realizavam teste rápido de covid-19 para estudo são presas

Dois funcionários da Universidade Federal de Pelotas foram detidos enquanto realizam testes rápidos no interior paulista

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Foto do author Sandy Oliveira

Dois funcionários terceirizados contratados para uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) sobre o covid-19 foram detidos nesta quinta-feira, 14, em São José dos Campos, interior de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, eles aplicavam testes na população quando foram abordados por guardas municipais depois que a prefeitura alegou não saber sobre a pesquisa. O estudo que está sendo feito em mais de 130 cidades foi confirmado pela universidade. Além das duas pessoas, também foi apreendida ‘uma grande quantidade’ de testes rápidos. 

UFPel realizará nova pesquisa entre os dias 20 e 23 de agosto, em 133 cidades, de todos os estados do Brasil. Foto: Reprodução / UFPel

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Segundo a polícia, a dupla estaria abordando moradores para aplicação de testes rápidos, quando eles estranharam a abordagem e acionaram a Guarda Municipal que encaminhou os profissionais à delegacia. Lá, eles informaram que foram contratados pela empresa Ibope Inteligência, que por sua vez havia sido contratada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas, que coordena um estudo que vai medir a prevalência do coronavírus e avaliar a velocidade de expansão da covid-19 no País, com financiamento do Ministério da Saúde. Eles prestaram depoimento e foram liberados. A UFPel informou que o núcleo de pesquisa foi contratado para um estudo sobre a prevalência e velocidade da expansão da doença. Para isso, foram escolhidas 133 cidades chamadas de 'sentinelas', entre elas São José dos Campos, já apontada em outro estudo como ponto de difusão do coronavírus. As pessoas serão entrevistadas e testadas em casa, por meio de um sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base, por agentes da Ibope Inteligência. Eles coletam uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante, que será analisada pelo aparelho de teste em aproximadamente 15 minutos.

Por uma rede social, Pedro Hallal, Coordenador Geral da Pesquisa, disse que está enfrentando ‘algumas dificuldades’ para realizar o estudo.“Embora o Ministério da Saúde tenha enviado ofício para as Secretarias de Saúde, em alguns casos, aparentemente esses ofícios não chegaram ao conhecimento das autoridades locais. Estamos trabalhando em força tarefa para dialogar com as prefeituras e evitar prejuízos para o trabalho”, explica.

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