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Prefeitura de SP quer levar energia solar para mais de 700 escolas

Sistema de painéis de células fotovoltaicas, que será colocado em 80 postos de saúde em um mês, deverá ser adotado também por escolas municipais e prédios de ensino da capital

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Equipar pelo menos 775 escolas e prédios educacionais com painéis de energia solar para abastecimento de luz. O plano da Prefeitura de São Paulo para o setor da educação começa a sair do papel. O modelo é o do primeiro contrato do serviço de abastecimento de energia solar, que deve ser assinado em um mês, para fornecer luz a cerca de 80 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.

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O vencedor da licitação, Consórcio Sol da Saúde, para a instalação dos painéis no setor da Saúde deve ser publicado no Diário Oficial do Município (DOM) nesta sexta-feira, 20. A convocação é para assinar contrato de concessão por 25 anos em valor de R$171,4 mil ou R$ 2 milhões ao ano. A proposta vencedora, segundo a Prefeitura, “representou economia próxima a 40% do previsto inicialmente”.

Os painéis solares serão instalados em 80 UBSs, mas outras 92 poderão ser beneficiadas com o autoconsumo remoto, totalizando 172 unidades. No primeiro ano, haverá produção de cerca de 5,5 GWh por meio da implementação de 3,45 MW de potência instalada, informou a Prefeitura.

Energia solar dobrou de tamanho no Brasil Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Na rede de ensino, o prazo de vistas técnicas para interessados em participar do planejamento de ampliação do sistema nas escolas já foi encerrado. O aviso para esta fase do serviço, publicado no início de julho, prevê um prazo de 120 dias para o recebimento de propostas de estudos para instalação de equipamentos de geração e gestão de energia de solar no Programa Energia Limpa da capital paulistana.

De acordo com a Prefeitura, os estudos recebidos neste semestre a partir do “Chamamento Público de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI)”, publicado no Diário Oficial (14/07/2021), vão modelar a Parceria Público-Privada (PPP), cujo Edital deve sair no início de 2022.

A ideia é expandir o programa de painéis de captação de energia solar da Saúde como alternativa ambientalmente sustentável para prédios públicos de escolas e administração educacional. Pelo plano, o sistema deve abastecer as escolas e servir, igualmente e ao mesmo tempo, de incentivo ao ensino sobre preservação do meio ambiente, conservação dos recursos naturais, além de evitar a emissão de cerca de 160 mil toneladas de carbono e outros gases de efeito estufa.

De acordo com a Prefeitura, a licitação foi a mais disputada entre os projetos de Desestatização da Cidade de São Paulo com a participação de sete consórcios.  No primeiro ano, haverá produção de cerca de 5,5 GWh por meio da implementação de 3,45 MW de potência instalada. O município espera um ganho ambiental evitando a emissão (anual) de pelo menos 24 mil toneladas de gases estufa, o mesmo emitido por 15 mil carros de passeio. Para compensar essa emissão, seria preciso plantar mais de 150 mil árvores, o que equivale a nove vezes o número de exemplares arbóreos existentes no Parque Ibirapuera, na zona sul paulistana.

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A Prefeitura prevê ainda redução de custos de energia elétrica. Pelos cálculos,em 25 anos, a fatura de energia que custaria R$ 143 milhões passará para R$ 68,7 milhões (contraprestação + fatura de energia). A economia potencial é de 52% mensais, somando benefícios econômicos de aproximadamente R$ 36 milhões. Esse recurso poderá ser direcionado para outras áreas prioritárias, como saúde e educação, projeta a adiministração municipal paulistana.

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