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Turismo de luxo, hotelaria e novas tendências do mercado de viagens e turismo

A nova onda de Brickell, Miami

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Por Mari Campos

Desde os tempos pré-pandêmicos, a região central de Miami é uma das áreas que mais cresce nos Estados Unidos em geral. A população do estado da Flórida é a segunda que mais cresce no país - e talvez o maior responsável por esse feito seja Brickell, o bairro de Downtown Miami que triplicou sua população nesse século - e continua crescendo. "Todo mundo quer morar em Brickell", me disseram várias pessoas durante meus dias na região. Como é também, de longe, meu bairro favorito na cidade, aproveitei a semana passada em Bal Harbour para escapar a Miami e conferir a nova onda de Brickell.

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E a mudança não é só de residentes de Miami migrando para a região, não. Há um número considerável de turistas da cidade que nos últimos anos tem preferido os ares cosmopolitas do centro da cidade que o dia-a-dia à beira-mar - movimento impulsionado também pela chegada de vários hotéis à região nos últimos anos, como EAST, Miami, SLS Lux Brickell e W Miami. Precursores como Mandarin Oriental, Miami e Four Seasons Miami também estão sempre cheios. O bairro que por muito tempo foi sinônimo de um frio coração financeiro está mais badalado e cálido do que nunca.

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A Miami que tenta fugir dos estereótipos

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Alguns residentes de Miami com os quais conversei na última semana me disseram que gostam especialmente de Brickell sobretudo porque é mais cosmopolita e foge de boa parte dos estereótipos que fizeram Miami famosa turisticamente. "Vejo em Brickell às vezes até um quê de Nova York", cheguei a escutar de uma jovem venezuelana que imigrou para Miami há alguns anos.

Além do boom da hotelaria, Brickell vive também a efervescência cotidiana de novos condomínios, novos bares, um grande e importante centro comercial e diversos restaurantes da moda. Muitos dos novos moradores de Brickell são imigrantes da América Central e do Sul, canadenses e americanos que fugiram de estados e cidades mais gelados (ou com impostos mais caros) no país.

A papel do Brickell City Center nessa nova fase do bairro e arredores é incontestável. Inaugurado no final de 2016, trata-se de um projeto de uso misto com duas torres de apartamentos, prédios de escritórios, um hotel e um grande e bem sucedido shopping center. Tudo certificado LEED Gold.

A incorporadora responsável pelo projeto, Swire Properties, se encarregou de desenvolver outros negócios e condomínios em Brickell e Brickell Key também e abriram caminho para diversos outros projetos na região. E brasileiros encabeçam, junto com Argentina, México, Colômbia, Venezuela, Itália e Espanha, a lista de compradores internacionais de apartamentos na região.

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Praticidade e ampla oferta para turistas e moradores

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O Metromover gratuito ajudou a tornar a área mais acessível para residentes e turistas (e também para gente que trabalha no bairro e mora em outras regiões). A estação localizada bem à entrada do Brickell City Center já é a mais movimentada das 21 do sistema.

Dentro do shopping, uma seleção de marcas interessante tem desde fast fashion como Zara e a quase onipresente Apple Store até grandes cinemas de alto padrão e as primeiras lojas nos EUA de marcas europeias como Acqua di Parma, Mirto e Le Roy René. Mas obviamente nem só de compras vive Brickell: a região sabe comer e beber muito, muito bem.

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Estão em Brickell uma dos melhores lugares para comer sushi (o exclusivíssimo NAOE), do chef Kevin Cory; restaurantes impecáveis em hotéis, como o Quinto La Huella (EAST) e La Mar by Gastón Acurio (Mandarin Oriental), o delicioso mercado-restaurante La Centrale.

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Brickell capricha também, e bastante, nas opções de entretenimento noturno. Muita gente, de diferentes faixas etárias, tem frequentado mais os bares de Brickell e arredores do que de qualquer outra área ou bairro da região de Miami. Nesta última viagem, tive o prazer de experimentar o delicioso Sugar, instalado no 40o. andar do hotel EAST Miami, que fica dentro do Brickell City Centre.

Ao ar livre e repleto de plantas por todo canto, o Sugar é praticamente um oásis verde dentro da área mais densamente povoada da cidade. Os três balcões do belo bar em madeira esculpida ficam lotados por uma audiência absolutamente eclética e há diversos cantinhos charmosos para sentar para beber, conversar e petiscar espalhados pelo amplo espaço (mas esses é recomendável reservar).

Tudo isso com vistas panorâmicas para Miami e o mar. As hostess têm o nariz empinado, mas o serviço dos garçons é super descontraído e cálido - e o novo cardápio de drinks e petiscos e bebidas está realmente excelente (sugiro especialmente Peach Face e Lychee Blossom acompanhados de um belo tuna tataki).

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Para escapar ao norte

Nesta viagem, aproveitei para escapar uma tarde também para as vizinhanças do bairro de Wynwood, ao norte de Brickell e Downtown Miami. Desta vez, a ideia foi fugir das badaladas Wynwood Walls e arredores e rumar mais a oeste, numa região industrial que também começa a ganhar vários murais grafitados.

Meu foco era visitar os super contemporâneos Rubell Museum e Superblue Miami. O Superblue, aliás, tem tudo para virar um novo hotspot na cidade e levar cada vez mais gente para a área: um museu experimental e interativo cujas cinco salas são grandes instalações artísticas.

Com obras de artistas como James Turrell, a ideia principal por ali é romper os preconceitos sobre o que é arte e provocar reflexões interessantes, inclusive sobre sustentabilidade. Como apenas a sala de Turrell tem fotografias proibidas, o local está fazendo também a alegria dos influenciadores - sobretudo na grande sala de projeções luminárias e na sensacional instalação de espelhos de Es Devlin. Recomendo.

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