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Líder de país em guerra na África avalia possível anistia a milícias

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Por Redação
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O líder interino da República da África Central, Michel Djotodia, está pesando uma possível anistia para as milícias envolvidas na violência entre cristãos e muçulmanos, que já matou centenas de pessoas, a maioria civis, em troca de seu desarmamento. O país foi paralisado por ciclos de assassinatos, torturas e saques desde que os rebeldes, em sua maioria Seleka muçulmanos, de Djotodia, tomaram o poder na nação de maioria cristã em março. Djotodia, desde então, perdeu o controle de seus ex-combatentes, cujos abusos levaram ao surgimento de milícias conhecidas como o anti-balaka, ou anti-facão na língua local Sango. Mais de mil soldados adicionais franceses foram enviados neste mês para tentar parar a violência que desalojou mais de 680 mil pessoas --quase um sétimo da população do país-- segundo a Organização das Nações Unidas. O ex-líder rebelde disse em um programa da rádio estatal na noite de sábado que havia sido procurado por um representante do majoritariamente cristão, que exigia a inclusão no governo de transição. As eleições devem acontecer em 2015, mas o governo em Bangui exerce atualmente pouco controle, mesmo dentro da capital. "Os anti-balaka nos enviaram um emissário e disseram que querem depor suas armas e sair da obscuridade, mas eles temem por sua segurança. Eles impuseram condições ... Eles pediram uma anistia e entrada no governo", disse Djotodia. "Os contatos já estão estabelecidos e vamos buscar essas trocas, no interesse da paz para todos os centro-africanos", acrescentou. "Nós não vemos prejuízos, porque este é o preço da paz." (Reportagem de Paul-Marin Ngoupana e Bate Felix)

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