Nos anos 70, Chieko Aoki decidiu estudar no Japão - terra que havia deixado aos 7 anos, na companhia dos pais. Em sua primeira noite por lá, sentiu a cama balançar. Voltou a dormir. No dia seguinte, contou a história a seus amigos, que se limitaram a sorrir. Havia sido um terremoto. - Pedido especial ao Daruma - A gratidão de Kokei Uehara ao Brasil Hoje, aos 59 anos, a dona da rede de hotéis Blue Tree (Aoki significa "árvore azul" ou "blue tree", em inglês) tem uma rotina apertada. Mas nada que justificasse recusar o convite do amigo Akira Obara para integrar o comitê executivo das Comemorações do Centenário da Imigração Japonesa. "Tempo a gente faz", justifica Chieko. Para ela, as festividades devem reforçar as relações comerciais entre os países, o que inclui a vinda de empresários japoneses, renovar os acordos sociais e proporcionar maior intercâmbio cultural. São vários os projetos desenvolvidos pelo grupo, mas um chama sua atenção. Não é nada ligado aos negócios, como alguém poderia supor, mas algo bem mais sutil: contar a história da imigração japonesa no Brasil por meio de origamis (dobraduras de papel). Nascida em Fukuoka, Chieko está no País desde os anos 1950. Sua família seguiu o roteiro de inúmeros imigrantes. Primeiro, foram para Bastos, no Interior. Depois, mudaram-se para a Capital. "A infância foi a base das minhas crenças e do meu estilo de vida", conta a empresária.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
Notícias em alta | Brasil
Veja mais em brasil