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Analistas criticam 'agressividade' de Cristina

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Por Ariel Palacios
Atualização:

A política de Cristina Kirchner para reaver as Malvinas - ilhas reivindicadas pela Argentina, mas sob controle britânico desde 1833 - obteve o respaldo dos presidentes latino-americanos e do Caribe reunidos em Cancún. No entanto, em Buenos Aires, o ceticismo impera entre analistas e diplomatas, que consideram que a estratégia de Cristina é "agressiva" e não abre condições para que argentinos, britânicos e kelpers sentem-se à mesa de negociações para discutir o futuro da soberania das Malvinas. Há duas semanas, Cristina firmou um decreto que determina a obrigatoriedade de autorização prévia para todos os navios que passem pelos portos argentinos rumo às Malvinas. Caso eles transportem insumos para a exploração petrolífera nas ilhas, serão barrados.O ex-vice-chanceler Andrés Cisneros critica a política dos Kirchners para as Malvinas. Cisneros - que participou ativamente da reaproximação argentina com a Grã-Bretanha nos anos 90 - afirmou ao "Estado" que a atitude do governo é a de "queixar-se e depois não fazer nada". "Esta é uma política externa que age como nas letras dos tangos. Nelas sempre somos os abandonados, os traídos. Estamos sempre lamentando." Rosendo Fraga, diretor do Centro de Estudos Nueva Mayoría, instituição de pesquisas geopolíticas que publica anualmente o relatório "Balanço Militar da América do Sul", relativiza o apoio obtido em Cancún.

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