BEIRUTE - A Arábia Saudita abandonou as tentativas de mediação da crise política do Líbano, o que significa deixar de fora das conversas um importante aliado americano. As tensões se intensificaram após o Hezbollah deixar o governo libanês na semana passada.
Em uma entrevista divulgada nesta quarta-feira, 19, pela rede de televisão saudita Al-Arabiya TV, o ministro das Relações Exteriores Saud al-Faisal disse que o rei saudita decidiu que ele está "tirando sua mão" do Líbano.
Al-Faisal disse que a decisão saudita de se retirar das negociações foi feita após o colapso das conversas sírio-sauditas. Entretanto, ele não fez nenhum comentário sobre a situação.
A notícia significa um grande abalo nos esforços para tentar conter uma nova onde de violência entre a coalizão apoiada pelo ocidente e seus rivais de grupos militantes xiitas.
O crise política tem suas raízes nas investigações da corte a ONU sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, um líder sunita, aliado próximo dos sauditas.
O Hezbollah, um grupo xiita que nega qualquer envolvimento no atentado que culminou na morte de Hariri em 2005, forçou o colapso do governo libanês na semana passada quando o primeiro-ministro Saad Hariri, filho do falecido líder, se recusou a negar o trabalho do tribunal.
Apoiado pelo Irã e pela Síria, o Hezbollah diz que o tribunal é uma conspiração conjunta de Israel e EUA.
Rafiq Hariri foi morto em 2005 em um atentado em Beirute.