Muitas ruas, avenidas e praças são um tributo a pessoas ilustres de nossa história. Entre elas, 84% são homenagens a homens, segundo dados de pesquisa realizada pela ProScore. A discrepância da representação das mulheres nas ruas da cidade levou o jornal O Estado de S. Paulo a lançar a #somosmaisque16porcento, campanha criada pela FCB Brasil.
Além de promover a discussão sobre essa estatística, o projeto quer fazer da cidade um lugar mais diverso. Por isso é lançado no dia do aniversário de 463 anos de São Paulo, 25 de janeiro. “Os nomes das ruas das cidades brasileiras contam a história do País, porém, com estes números, que histórias estamos contando?”, questiona Joanna Monteiro, Chief Creative Officer da FCB.
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Toda a ação acontece no site estadao.com.br/16porcento, onde qualquer pessoa pode indicar mulheres que merecem ter seus nomes nas ruas e avenidas da cidade e também votar nas sugestões dos outros leitores.
Ao entrar no site, o usuário consegue indicar uma mulher, enviar uma foto e escrever por que ela merece a homenagem em uma das treze categorias, como Ativismo, Política, Ciências, Cultura, Empreendedorismo e Saúde.
“O Estadão abraça o projeto porque reconhece a importância da diversidade e da igualdade de gênero”, afirma o editor-executivo de produtos digitais Luís Fernando Bovo.
Em um mês, a ideia é montar um banco de dados de figuras femininas ilustres e entregar um documento para a Câmara dos Vereadores e incentivar a mudança dos 16%. De acordo com a Lei n° 6.454 de 1977, é proibido atribuir nome de pessoa viva a logradouros, obras, serviços e monumentos públicos, portanto, só serão válidas indicações de mulheres que já fizeram história no País.
O site ainda conta com uma seção de curiosidades sobre a discrepância entre homens e mulheres nas ruas de São Paulo. Como, por exemplo, o fato de a cidade ter 1.170 ruas homenageando doutores e apenas 11 homenageando doutoras. O mesmo se aplica a professores: são637 professores nomes de ruas e apenas 79 de professoras.
“Com esta ação não haverá mais desculpas para essa estatística continuar assim. Novamente o Estadão quer levantar questões importantes como a forma como as mulheres são retratadas na sociedade”, diz Joanna. O jornal e a agência já fizeram parcerias no projeto ‘Músicas de Violência’, ganhador do Leão de Ouro em Cannes, e na campanha #7minutos1denuncia, que expôs o problema da violência contra a mulher.