Uma campanha publicitária dirigida para o público jovem que tem como mote a diversidade racial e sexual. Mulheres e homens negros tatuados, além de uma transexual, protagonizam a peça do Banco do Banco do Brasil que tinha como estratégia divulgar o serviço de abertura de conta corrente no celular. Tinha porque ela foi vetada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. O tipo de representação não agradou. Segundo o presidente, não se trata de "perseguir minoria nenhuma". "A massa quer o quê? Respeito à família", declarou. O episódio abriu mais uma polêmica no governo, já que o intuito de Bolsonaro era controlar o teor de todas as campanhas das estatais. Mas ele foi contrariado pela própria Secretaria de Governo, que disse que a medida fere a Lei das Estatais.
Debatemos o caso no programa de hoje com o publicitário e empresário Celso Loducca. Para ele, a campanha vetada do Banco do Brasil "estava tecnicamente perfeita", partindo da premissa que a ideia era rejuvenescer a marca. Loducca diz que o veto do presidente contradiz diretamente o conceito de liberdade, enfraquece a estratégia comercial da instituição e representa um retrocesso na busca de uma sociedade mais tolerante. "É o oposto para onde a boa propaganda, a boa publicidade, deve ir. Que é realmente falar a linguagem das pessoas", analisa. Ouça no player acima.
Ainda neste tema, ouvimos a análise do editor do BR18, Marcelo de Moraes. Ele destaca o quanto o veto pegou mal na ala mais liberal do governo.
Confira também os comentários de José Nêumanne Pinto na coluna "Direto ao Assunto".

Trecho da propaganda do BB retirada do ar após veto do presidente (Reprodução)
