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Podcast 'No Ritmo da Vida': #37 Abuso sexual - punição x educação

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Quando fala-se em exploração sexual, as vítimas estão em maior vulnerabilidade social, mas os abusadores são de todas as classes. Já com relação ao abuso, ambos estão em todos os recortes sociais. Para abordar estas e outras questões relacionadas ao abuso e à violência sexual e como superá-los, Antônio Penteado Mendonça conversa com Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta.

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Um levantamento aponta que 1/3 dos brasileiros já sofreram alguma violência sexual até os 18 anos, mas só 11% denunciaram e 26% contaram a alguém. "Este é um crime que envergonha a vítima, sobretudo homens. Como somos um estado muito machista, um menino sofrer uma violência por parte de um homem coloca em cheque sua masculinidade. Quando é por parte de uma mulher, a sociedade não entende como abuso; 'o cara é um sortudo porque tinha 12 anos e transou com a tia que tinha 30'. A mentalidade tem que mudar", afirma a convidada. Ao mesmo tempo, Luciana diz que acredita que a notificação dos crimes vem aumentando.

Por outro lado, ele acredita que o que verdadeiramente pode alterar o cenário dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes é a educação. "A violência sexual acontece independentemente de menores serem sexualizados", diz a presidente do Instituto Liberta. "Sou a favor da punição e da denúncia, mas uma pesquisa identificou que, no universo de pessoas que sabiam de situações de violência sexual, só 28% denuncia, porque o Brasil culpabiliza vítima. Tem algo mais importante que é fazer a sociedade se corresponsabilizar ", conclui.

 
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