PUBLICIDADE

Estudante inglesa é esquartejada por namorado em Goiás

Rapaz confessou ter matado a namorada, que trouxe da Inglaterra e com quem dividia apartamento há 3 meses

Por Solange Spigliatti
Atualização:

A polícia de Goiânia prendeu na manhã desta quinta-feira, 31, Mohamed D'Ali Carvalho dos Santos, de 20 anos. Segundo informações policiais, ele confessou ter matado e esquartejado a namorada, a estudante inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos, no último fim de semana, em Goiânia. O rapaz foi preso dentro do setor universitário da cidade, após denúncia anônima.  Ele dividia apartamento com a garota havia três meses. O brasileiro diz que o crime foi cometido porque a jovem ameaçou contar a autoridades que ele era traficante de drogas. Tanto os pais da jovem assassinada quanto os pais do principal suspeito moram na Inglaterra. O corpo foi encontrado na segunda-feira dentro de uma mala às margens de um rio na Vila Yate, na periferia na cidade. A jovem foi identificada pela família através de uma imagem exibida em um canal internacional de notícia. Os parentes reconheceram uma tatuagem da menor. No telefone celular do rapaz preso, policiais teriam encontrado fotos da vítima, desde quando ela chegou ao Brasil e, depois, já esquartejada. Corpo O corpo de Cara Marie Burke pode ficar retido em Goiânia por questões burocráticas. É que o registro de óbito não pode ser expedido porque não está oficialmente reconhecido pelo IML (Instituto de Medicina Legal) como morto. Faltam identificar a fisionomia, as digitais e a arcada dentária da suposta vítima pela ausência da cabeça e dos membros inferiores. "Para nós, do IML, sumiram as provas", disse o médico Ademar Cândido de Souza. "Caso não surjam as provas, talvez o recurso para identificação do corpo venha a ser o DNA". Outro problema surgiu nesta quinta-feira, 31, à tarde. Mesmo identificado, Mary Burke, a mãe da menina inglesa, disse que não tem dinheiro para trasladar o corpo da filha, morta com uma facada certeira no coração e depois esquartejada pelo amante, Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos. "Eu sou pobre, não tenho recursos financeiros para trasladar o corpo de minha filha", disse para Elie Chediac, da Assessoria de Assuntos Internacionais do Governo de Goiás, que trata de casos de goianos mortos no exterior. Segundo Chediac, a liberação do corpo dependerá além do dinheiro de uma decisão judicial para, em seguida, ocorrer o traslado. O corpo de uma colombiana, Maria Misleny Ciro Bedoya, morta em Goiânia por malária no dia 24 de fevereiro deste ano, ainda está no Hospital de Doenças Tropicais (HDT). E não pode ser liberado, cinco meses depois, sem autorização judicial cujo processo tramita na 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Goiânia. O processo parou porque falta, além de informações específicas sobre a cidadania da colombiana, a cópia digitalizada do prontuário civil, contendo a classificação das digitais - a serem confrontadas com as do cadáver - o que impede a expedição do registro de óbito. (com Rubens Santos, especial para o Estado) Atualizada às 21h45 para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.