Seguindo o pensamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a coordenação da corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB) decidiu ontem apoiar a pré-candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação) à Prefeitura paulistana. Com isso, em eventuais prévias, o nome preferido de Lula subiria dos 6,5% que sua corrente, Mensagem ao Partido, obteve na última eleição do diretório municipal para mais de 30%.Cerca de 60 dirigentes da CNB participaram da reunião que fechou questão em torno da pré-candidatura de Haddad. Estavam lá deputados como o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha.No início do encontro, Haddad pediu apoio dos dirigentes da CNB e defendeu seu nome como uma novidade na política com reais condições de vencer em 2012. Além do ministro, disputam a candidatura os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e os senadores Eduardo Suplicy e Marta Suplicy, que lidera as pesquisas eleitoraisPré-candidato à Prefeitura de Osasco, João Paulo foi um dos poucos presentes a se opor à declaração de apoio a Haddad neste momento. "Mas todos os presentes garantiram que vão acatar a decisão da maioria e trabalhar pela candidatura do ministro", afirmou um dos participantes.Embora majoritária no âmbito nacional, a corrente de Lula era a terceira força na capital, mas ganhou a adesão de dois vereadores - Alfredinho e Francisco Chagas -, do ex-vereador Paulo Fiorilo e do deputado estadual José Zico Prado. Como o Estado revelou, o fortalecimento da CNB faz parte de uma tática para vencer as prévias, caso não seja possível obter consenso, como defende o ex-presidente.Com isso, a CNB hoje acredita ter a maior fatia dos filiados com direito a voto nas prévias. Fazem parte da corrente na capital, além de Berzoini, o deputado federal Vicente Cândido, o estadual Luiz Cláudio Marcolino e o vereador Chico Macena.Há duas semanas, o anúncio do ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, de que estava fora da disputa abriu caminho para a CNB apoiar Haddad. A corrente espera agora pela adesão de mais parlamentares à pré-candidatura do ministro.