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Investigada, UEG é palco de disputa política

Ferindo autonomia universitária, governador nomeou cargos e impôs regras na Universidade Estadual de Goiás

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Além de ameaçar o reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Luiz Arantes, as denúncias de irregularidades na instituição, publicadas sábado pelo Estado, acusada manter convênio suspeito de R$ 10 milhões com uma fundação, expõem uma briga política e de poder na UEG. O governador Marconi Perillo (PSDB), que deve se posicionar nesta semana sobre pedido do Ministério Público para afastar o reitor, promoveu na UEG o que um membro de seu governo chamou de "presença política". Ignorando o princípio da autonomia universitária, instituiu o cargo de vice-reitora, nomeando a aliada Eliana Franca (que já foi secretária de Perillo). Também criou duas pró-reitorias e trocou outros cargos na UEG. Para completar, criou em setembro por portaria o regimento da universidade. Críticos ao governo, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE), chegam a defender o reitor em nome da autonomia Apesar disso, acreditam na gravidade das denúncias elencadas.Nem o Ministério Público é poupado - a promotoria é interventora desde 2003 na Fundação Universitária do Cerrado (Funcer), com quem a UEG firmou o convênio. E não teria feito nada.

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