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Martelly vence eleição presidencial no Haiti, diz fonte

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Por Redação

O músico Michel Martelly é o vencedor da eleição presidencial haitiana, de acordo com resultados oficiais preliminares, disse à Reuters nesta segunda-feira uma importante fonte do Conselho Eleitoral Provisório. "Martelly venceu", declarou a autoridade, que pediu para não ter seu nome divulgado. A fonte fez a declaração antes do anúncio público previsto para o fim desta segunda-feira, quando serão apresentados os primeiros resultados do segundo turno realizado em 20 de março no país, que é pobre e marcado pela instabilidade política. Martelly não tem experiência na administração pública. Ele fez campanha prometendo mudança e rompimento com décadas de corrupção e maus governos no Haiti. Desde o adiamento, na semana passada, do anúncio dos resultados preliminares por suspeitas de fraude, havia grande ansiedade no país quanto aos resultados, mesclada pelo medo da violência. Os resultados iniciais são preliminares porque dependem de uma confirmação definitiva no fim de abril. No segundo turno, os haitianos tinham de optar entre o cantor e ator Martelly, de 50 anos, e a professora de direito, ex-senadora e ex-primeira dama Mirlande Manigat, de 70 anos, que nas pesquisas após o primeiro turno era a favorita. A segunda fase da eleição transcorreu de modo geral pacificamente. Foram registrados apenas alguns incidentes isolados de violência. Mas o primeiro turno, em 28 de novembro, foi caótico, dominado por acusações de fraude e por tumultos. Forças da ONU patrulham a capital, Porto Príncipe, e outros locais mais conflitivos por todo o Haiti, que ainda se recupera do terremoto devastador que sofreu no ano passado. Algumas lojas e empresas protegeram os vidros temendo tumultos e anunciaram que enviariam os empregados mais cedo para casa, antes do anúncio dos resultados. "Foram tomadas medidas relacionadas à segurança", disse à Reuters o embaixador Colin Granderson, chefe da missão observadora da Organização dos Estados Americanos/Comunidade Caribenha nas eleições haitianas. A ONU e governos doadores de ajuda, incluindo os EUA, os quais prometeram bilhões de dólares para a reconstrução do Haiti, querem que a eleição resulte em um governo estável e legítimo para assumir a empreitada da recuperação do país. Eles desejam evitar os distúrbios e acusações de fraude que caracterizaram o primeiro turno da eleição, em novembro, para a escolha do presidente e alguns membros do Parlamento. (Por Pascal Fletcher)

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