BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, considera que a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra o presidente Michel Temer não revela nenhuma irregularidade. Moraes defendeu nesta sexta-feira, 25, que a conversa entre Temer e Calero foi "absolutamente normal".
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Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Cultura disse que Temer o pressionou para atender a um pedido pessoal do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Ele afirmou que o presidente pediu que o processo ligado à liberação de um empreendimento imobiliário embargado fosse encaminhado à Advocacia-Geral da União, porque a ministra Grace Mendonça teria uma "solução" para o caso. "Temer simplesmente indicou a Calero que, se achasse o caso, consultasse a AGU. Tanto que o próprio ministro entendeu por bem não consultar a AGU. Esse é o papel constitucional da AGU. Nem houve a consulta, o que demonstra que foi uma conversa absolutamente normal", declarou Moraes. Moraes disse que a PF tomou todas as medidas legais e que agora caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidir se "vai insistir" no pedido de abertura do inquérito. Sobre a possibilidade de Temer ter sido gravado por Calero, Moraes disse que o episódio terá de ser analisado. "O processo está sob sigilo. Os boatos sobre se há ou não gravações serão apurados para verificar em que condições foram feitas (as gravações), se é que foram feitas." Moraes não quis comentar o pedido de demissão de Geddel. "Não cabe a um ministro de Estado comentar a decisão de outro ministro do presidente da República", respondeu.