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PCC é acusado pelo MP de organizar rave em Mirassol

Na madrugada de domingo, 9, PMs e conselheiros tutelares recolheram 120 menores e quatro crianças da festa

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Por Chico Siqueira
Atualização:

O Ministério Público (MP) revelou nesta segunda-feira, 10, que a festa rave de Mirassol, a 460 quilômetros de São Paulo, foi organizada para arrecadar fundos para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Na festa, realizada na madrugada de domingo, 9, numa chácara na rodovia Washington Luís (SP-310), policiais militares e conselheiros tutelares recolheram 120 menores e quatro crianças, que estavam em meio ao consumo e venda de álcool e drogas. Na blitz, os policiais apreenderam papelotes com cocaína, maconha e crack. Antes mesmo da blitz, a Polícia Militar (PM) e o MP tinham informações de que o PCC estava organizado o evento para recolher fundos. O comerciante Paulo Vitorino foi preso sob acusação de tráfico. A informação dos promotores é de que a padaria que ele possui no centro de Mirassol seria usada de ponto de venda de drogas para a facção. De acordo com o promotor da Infância e da Juventude da cidade, José Heitor dos Santos, os menores chegaram a ameaçar PMs e até o capitão que comandou a blitz, afirmando que o PCC iria se vingar deles. "Nunca vi nada igual em 17 anos de profissão", afirmou. Outros 40 adultos tinham ligações ou cumpriram penas por tráfico, roubo e furto. Entre eles, estava o líder do PCC em Mirassol. Outra suspeita recai sobre a empresa de um policial civil que foi contratada para fazer a segurança da festa, que não tinha alvarás de funcionamento. Os adultos serão investigados em inquérito policial e os menores, em procedimento na Promotoria da Infância e da Juventude. Os pais vão responder processo e devem ser chamados pelo Juizado de Menores para um acordo.

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