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Pesquisas dão vantagem a partido de Merkel em eleição na Baixa Saxônia

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Por Redação

O líder democrata-cristão da Baixa Saxônia previu vitória do partido em uma eleição apertada que será uma boa medida das chances da primeira-ministra (chanceler) alemã, Angela Merkel,de conquistar um terceiro mandato. Uma vitória no domingo para o premiê da Baixa Saxônia, David McAllister, poria fim a dois anos de maus resultados para o partido Democrata-Cristão (CDU) --a legenda de Merkel-- em eleições estaduais e daria impulso à campanha dela para reeleger-se na eleição federal prevista para o segundo semestre. "Foi uma campanha difícil, uma campanha apaixonada e, no final, uma corrida ombro a ombro, mas eu estou muito certo de que vamos ganhar amanhã", disse McAllister, de 42 anos, filho de um soldado britânico e uma alemã. Uma pesquisa divulgada esta semana pelo instituto GMS aponta empate entre a CDU e aliados, os Democratas-Liberais (FDP) com seus rivais da Social-Democracia (SPD) e os Verdes na região norte do país. Cerca de 42 por cento dos eleitores ainda estavam indecisos. A CDU estava na frente, com 41 por cento, seguida do SPD, com 33 por cento, na sondagem do GMS. Em meados do ano passado os conservadores, de Merkel, estavam atrás de seus rivais. McAllister fez uma campanha recheada de referências a sua origem escocesa, incluindo até gaitas de fole. O SPD apelidou sua performance de "um culto de personalidade ao estilo cubano". A campanha da CDU também fez uso da popularidade pessoal de Merkel na Alemanha pelo modo como conduziu a crise da dívida da zona do euro, e focou ainda em questões educacionais. Nos últimos minutos da campanha, percorrendo ruas cobertas de neve, McAllister, disse que o impulso de última hora iria conduzi-lo a um novo mandato. O FDP, seu parceiro na coalizão de governo, deve angariar apoio suficiente para garantir os 5 por cento mínimos para assegurar uma cadeira na Assembleia estadual, o que manteria a centro-direita no poder. O SPD precisa vencer na Baixa Saxônia, segundo maior estado alemão, se quiser ter alguma esperança de destituir Merkel na próxima eleição federal e se recuperar de um início desastroso de sua campanha eleitoral nacional, prejudicada por gafes de seu candidato a chanceler, Peer Steinbrueck. A última pesquisa nacional, divulgada pelo instituto Infratest na sexta-feira, dá à CDU 42 por cento, com 16 pontos de vantagem sobre o SPD. No entanto, o FDP tem apenas 4 por cento de apoio, o que não o qualificaria para obter cadeiras no Parlamento, complicando a chance de Merkel reeleger-se. (Reportagem de Alexandra Hudson)

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