Quantos moradores vivem em cada região de SP, segundo o IBGE? Busque a sua no mapa

Grajaú, na zona sul, concentra mais habitantes e domicílios; Marsilac, por sua vez, tem o menor número de pessoas e moradias, conforme dados do Censo 2022, do IBGE

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Foto do author Roberta Jansen
Atualização:

O distrito de São Paulo com a maior população e a maior quantidade de domicílios é Grajaú, que abriga 384.873 pessoas em 154.205 domicílios. As regiões da capital com maiores concentrações populacionais estão na zona sul da cidade, segundo o Censo 2022 agregado por Setores Censitários Preliminares – População e Domicílios, divulgado na manhã desta quinta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Cidade de São Paulo tem quase 11,5 milhões de habitantes Foto: Felipe Rau/Estadão

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O distrito com menos gente e menor quantidade de moradias é Marsilac, também na zona sul, com 11.443 pessoas em 6.135 domicílios. De modo, os distritos nas zona oeste e na região central, que abrigam alguns dos endereços mais valorizados da cidade, estão entre aqueles com menor população.

Uma das maiores metrópoles do mundo, São Paulo tem 11,451 milhões de habitantes, conforme o último Censo. Apesar do número superlativo, a última medição do IBGE aponta um ritmo de crescimento populacional mais lento a cada ano: 0,15% no período 2010-2022, ante 0,76% no intervalo 2000-2010.

O crescimento do número de domicílios particulares (casas, apartamentos etc), por outro lado, tem aumentado em velocidade maior: 2,81% ao ano, entre 2010 e 2022, ante 1,81% no período entre os Censos de 2000 e 2010.

Entre os fatores para isso, estão a queda das taxas de fecundidade (que também vem acompanhada de um envelhecimento populacional) e a diminuição do número de pessoas por imóvel, com alta da quantidade de pessoas que vivem sozinha.

Já o distrito com a maior quantidade de domicílios coletivos é Perdizes, na zona oeste, com 294 mil. Domicílios coletivos são asilos, quartéis, presídios, clínicas de longa permanência, casas de correção, entre outros. Essa região - que engloba também bairros como Pompeia, Sumaré e Pacaembu - abriga uma das maiores infraestruturas urbanas, como acesso a rede de transporte e serviços de saúde.

Os novos números do Censo trazem dados de população e domicílio por distritos, subdistritos e até mesmo setores censitários – uma unidade territorial de coleta e divulgação de dados ainda menor que as demais. O objetivo desse recorte é oferecer dados territoriais ainda mais detalhados.

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Para se ter uma ideia, enquanto o País tem 26 Estados, um Distrito Federal e 5.570 municípios, o IBGE delimita nada menos que 452.338 setores censitários.

“Esses dados são muito usados pelo poder público, pesquisadores, universidades”, explicou o pesquisador Raphael Moraes. “É uma oportunidade que se tem de se chegar a dados em nível local, em um recorte muito mais detalhado. É como se colocássemos uma lupa em cima dos dados do município.”

Entre as aplicações, estão o planejamento de saúde pública, como campanhas de vacinação, e políticas públicas urbanísticas, como de moradia e mobilidade.

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